Em cerimônia de posse do cargo de prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) anunciou as primeiras medidas a serem tomadas nos 100 dias iniciais de sua gestão. De acordo com Mabel, na quinta-feira (2), primeiro dia útil do ano, já emitirá uma série de decretos para reajustar e reorganizar a Prefeitura da capital.
A solenidade de posse do prefeito e da vice-prefeita coronel Cláudia Lira (Avante) foi realizada no Centro de Cultura e Eventos Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus II da Universidade Federal de Goiás (UFG). Além do prefeito e da vice, foram empossados também os 37 vereadores eleitos para o mandato 2025/2028.
Antes da solenidade, Sandro Mabel falou com a imprensa. Entre os assuntos abordados, as primeiras medidas da gestão, que de acordo com ele, contará com um mutirão da equipe. Mabel aposta que, já nos 60 primeiros dias, a Prefeitura conseguirá reaorganizar a Saúde, a mobilidade urbana e readequar as novas administrações.
Repórter: Prefeito, quais são os desafios agora à frente da Prefeitura de Goiânia? O que o goianiense pode esperar desses próximos 100 dias?
Sandro Mabel: Trabalho, muito trabalho, trabalho sério, no ritmo que eu trabalho, que é acelerado. O secretariado que foi escolhido, todo ele está sabendo disso daí. Logicamente, é uma equipe nova, nova pra mim, que a maioria deles eu não conheço ainda. Mas tem gente com muita capacidade, que está fazendo um bom trabalho e que irá, seguramente, fazer uma prefeitura ágil. Nós já começaremos agora, a partir de sábado (4), alguns mutirões. Logicamente, trazendo a equipe, colocando os órgãos para funcionar, os amigos e a população. Já faremos sábado (4) e domingo (5) mutirão.
Iremos fazer na segunda-feira (6) a abertura de todos os corredores de ônibus para as motocicletas andarem. Na semana que vem nós iremos abrir também uma série de conversões à direita. Não aquelas com sinal fechado, mas conversões que não tem razão de ter sinaleiro nela. Nós vamos dar uma limpada boa nisso.
Vamos começar a colocar o serviço pediátrico em todos os Cais e nas UPAs. Eu tinha falado em 100 dias, eu estou falando em 60, mas o Secretário da Saúde ( médico Luiz Pellizer) está falando em 30. Então, eu estou mais conservador do que ele. Mas estamos com a equipe pronta para colocar a funcionar.
Funcionar com o médico, funcionar com o remédio, funcionar com a telemedicina. Enfim, nós vamos colocar a cidade de pé.
Logicamente, esse primeiro ano é muito difícil, mas é um primeiro ano duro. Essas são algumas providências dos primeiros dias, como a mobilidade do trânsito também. Mas nós temos toda a encomenda da operação semafórica, toda inteligente, que irá também andar nos corredores de ônibus, em outras ruas. Mas leva tempo. Tem licitações, tem uma série de coisas, mas nós vamos botar quente nisso daqui. Eu estou muito animado, estou muito entusiasmado, estou com muita vontade.
Repórter: A decisão da Justiça sobre a sua cassação altera nesses primeiros dias de trabalho? Como o senhor vê isso, tomando essa aposta agora com essa análise da Justiça?
Sandro Mabel: Não, não altera nada. Eu não posso fazer nada, quem faz isso é advogado, quem vai cuidar desse assunto. Eu vou trabalhar até o último dia de mandato que eu tiver. Então, para ter certeza absoluta, espero ficar meus quatro anos de mandato. Mas todos os dias eu estarei trabalhando. Então, para mim, eu nem lembro desse assunto.
Repórter: Qual o primeiro ato do senhor como prefeito e qual será esse ato?
Sandro Mabel: Tem muitos atos que nós iremos fazer, mas sobretudo amanhã nós estamos soltando uma série de decretos que mexe com a economia, com disposições, uma série de coisas que precisam ser arrumadas na Prefeitura. Então, nós estamos soltando uma dezena de decretos que irão dar uma disciplinada nesse assunto e irão dar o tom que o governo pretende dar. Nós precisamos, a população precisa entender, que nós não somos servidores públicos, nós somos servidores do público.
Eu não sou servidor do público, o secretário é servidor do público, o servidor que está no Cais, nas ruas, na limpeza, é servidor do público. Nós temos que servir bem quem paga a gente, que paga os impostos, que são caros. Então, nós vamos fazer muita economia para que a gente possa fazer no ano de 2026 começar a investir R$ 1 bilhão por ano na cidade de Goiânia.