O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não confirmou vinda a Goiás esta semana, como chegou a ser divulgado na semana passada pela deputada federal Adriana Accorsi (PT). A expectativa era de que ele viesse na primeira visita do atual mandato para inaugurar as instalações da primeira etapa do campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Aparecida de Goiânia. A agenda seria na sexta-feira (22).
Contudo, nesta segunda-feira (18), a assessoria de Comunicação da UFG confirmou que houve o convite ao presidente, mas não houve essa confirmação de aceite. Também informou que a inauguração do campus de Aparecida não está marcada, embora as instalações já estejam sendo utilizadas pela comunidade acadêmica.
A única agenda de sexta, segundo a assessoria, é a formatura da primeira turma de Inteligência Artificial do Brasil, no campus Samambaia, em Goiânia.
A expectativa entre os aliados do presidente era grande. Mas, tanto Adriana, quanto o deputado federal Antônio Gomide, destacaram nesta segunda-feira que foi feito somente o convite para o presidente.
Desde que assumiu o terceiro mandato, há mais de um ano, Goiás foi um dos poucos estados onde Lula ainda não esteve. Isso a despeito da proximidade com o Distrito Federal, que fica dentro do território goiano.
Ele chegou a agendar uma vinda, em junho passado. Iria inaugurar uma obra da ferrovia Norte-Sul, em Rio Verde, mas teve de cancelar por problemas meteorológicos no local onde seria o pouso.
Caso viesse esta semana, o presidente provavelmente seria recepcionado pelo governador em exercício, Daniela Vilela (MDB). Ele não encontraria o governador Ronaldo Caiado (UB) que está em Israel. A previsão de chegada de Caiado é na própria sexta-feira, depois do horário provável da inauguração, que acabou também não se confirmando.
O momento da viagem de Caiado é um dissabor para o presidente. O governador goiano viajou para Israel junto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ambos são cotados para enfrentarem o petista nas eleições presidenciais de 2026, representando a direita.
Os dois foram se solidarizar com Israel pelos ataques terroristas do Hamas. Contudo, há poucos dias o presidente brasileiro havia questionado o que chamou de força excessiva do governo de Israel contra civis da Palestina. Lula comparou a reação do primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu contra mulheres, crianças e idosos com o holocausto de judeus pelos alemães.