O ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva em entrevista concedida ao jornalista Kennedy Alencar no dia 3 de maio e publicada na manhã desta segunda-feira (13/05) reconheceu que pode ter cometido um erro em não ter se candidatado a presidência da República em 2014. “Pode ter sido um erro meu, mas foi um erro em respeito ao direito da Dilma”, reconheceu.

Lula relembrou o momento em que vivia no Instituto Lula até julho de 2014. Segundo ele, durante este período se reunia com diversos empresários que pediam para que o ex-presidente voltasse ao pleito eleitoral e se colocasse novamente na disputa a presidência da República. “Porque os empresários até julho de 2014, faziam fila no Instituto Lula pra pedir pra eu ser candidato a presidência da República? Eles sabiam o que tinha acontecido no meu período de governo. Eles sabiam o quanto eles tinham ganho. Eles sabiam o quanto foi bom pra economia brasileira, pra industria naval, pra Petrobrás, pra industria de etanol, o quanto foi bom pra o pequeno e médio investidor”, rememora.

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Em respeito a então presidente Dilma Rousself, Lula decidiu não se candidatar. Como resultado disso, os empresários abandonaram o barco de Dilma e foram apoiar o PSDB. “Era direito da Dilma ser candidata. Então eles se banderam, não mais pro PT, mas para os tucanos”, salienta.

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Se foi um erro não ter se candidatado, Lula assume que pode ter sido, mas lembra que Dilma estava no poder e apenas ela poderia definir os rumos do candidato a presidência pelo PT à época. “Pode ter sido um erro meu, mas foi um erro em respeito ao direito da Dilma. Tinha muita gente que queria que eu fosse candidato e eu dizia que ela era a presienta, e ela tinha o direito de ser a candidata. A unica chance de eu ser era ela ter falado comigo: ‘Presidente Lula, eu acho que você deveria voltar’. Fora disso não tinha hipótese”, relembrou.

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Quando Alencar rememorou à Lula, que Dilma disse à época que esperava a iniciativa dele para ceder o cargo, o ex-presidente é taxativo:
“É uma interpretação dela porque seria muito díficil eu chegar na Dilma, no Palácio do Planalto, na mesa da presidenta e falar: “presidenta, saia que é minha vez agora?”, você acha que eu ia fazer isso? Jamais. Eu aprendi a respeitar e achava que a Dilma tinha o direito de pleitear o segundo mandato”, concluí.

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