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Política
| Em 2 anos atrás

Lula diz que assassinato de petista foi ‘violência contra a democracia’

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Políticos e autoridades reagiram nas redes sociais à conclusão da Polícia Federal (PF) de que não houve motivação política no assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). O assunto gerou repercussão na internet e levou a frase “foi crime político” aos termos mais comentados do Twitter na tarde desta sexta-feira, 15.

“Marcelo Arruda era um trabalhador, pai, servidor público no Paraná. Planejou sua festa de aniversário em paz, com sua família. Marcelo é vítima de uma violência que foi contra a democracia”, escreveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A delegada Camila Cecconello, que preside o inquérito, indicou que, no momento em que Guaranho foi até o local pela primeira vez, ficou muito claro a “provocação e a discussão com opiniões políticas”. No entanto, a Polícia Civil avaliou que não há provas suficientes de que, quando o agente penitenciário retorna ao local do crime, ele queria cometer um “um crime de ódio contra pessoas de outros partidos”.

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Arruda foi morto no último sábado, 9, enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos em um clube em Foz do Iguaçu. A decoração da festa era inspirada no PT. O agente penitenciário Jorge Guaranho foi ao local duas vezes, sendo que na primeira, segundo o boletim de ocorrência, chegou gritando “aqui é Bolsonaro”. Na segunda, disparou contra Arruda, que revidou. Guaranho está internado em estado grave e o aniversariante morreu.

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A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) disse ser um “absurdo” o fato de uma possível motivação política para o crime ter sido descartada. Ela opinou que o “desfecho” não seria o mesmo se o tema da festa de Arruda não fosse inspirado no ex-presidente Lula.

Segundo o depoimento da mulher do autor do crime, Jorge Guaranho, ele se sentiu ‘humilhado’ em razão de Arruda ter jogado um punhado de terra contra ele em meio à discussão inicial que tiveram, diz a Polícia. Por isso, a delegada Camila Cecconello diz que é ‘difícil falar que há um crime de ódio’.

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O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) também classificou a conclusão como “absurda” e afirmou que “absolutamente tudo nesse crime é político, inclusive a decisão da polícia”.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirmou que o crime foi cometido por “ódio e intolerância”, contrariando a conclusão da investigação sobre o caso. “Não foi por motivo torpe”, disse.(Por Redação, O Estado de S. Paulo/Estadão Conteúdo)

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