O presidente metropolitano do PT, deputado estadual Luis César Bueno, considera que a pesquisa Serpes, divulgada pelo Jornal O Popular neste domingo (15), e repercutida pelo Diário de Goiás, marca o início de levantamentos que devem orientar os líderes políticos na escolha de nomes e estratégias para a eleição no ano que vem.
Para ele, os números provam um desgaste do governo estadual, ainda arranhado pelo caso Cachoeira, que explodiu no ano passado. Em entrevista ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, o petista ainda ressalta a importância da unidade da oposição nesse contexto. Veja:
Altair Tavares – Como o senhor avalia a pesquisa Serpes, que alguns interpretam como um cenário aberto para o novo?
Luis Cesar Bueno – É bom ressaltar que essa parece ser a primeira pesquisa que dará início a uma série que irá definir as táticas e estratégias que os partidos vão usar para definir os seus nomes. É muito cedo para fazer um prognóstico, tendo em vista que as eleições são daqui a um ano e três meses. Dentro do eixo apresentado, para quem está no governo do Estado, comandando a máquina, o índice é bastante singelo e insignificante.
Houve uma ligação muito grande do eleitor com o caso Cachoeira, que está tendo agora um reflexo eleitoral muito forte. Nós ficamos surpresos com nomes como Antônio Gomide [prefeito de Anápolis, do PT] aparecerem bem colocados, à frente inclusive do principal candidato do PMDB que está rodando o Estado. Nós vamos reafirmar, no devido momento, a importância da unidade.
O Jornal O Popular fez uma interpretação de que a população quer o novo. O novo é projeto ou nome?
O novo é o projeto. A capacidade de estabelecer políticas públicas que venham atender o clamor da população. Nesse sentido, a presidenta Dilma está correta em pressionar o Congresso e exigir as reformas que o Brasil precisa. Dentro desse contexto, o PT e o PMDB se posicionam bem, com nomes novos. Esse clamor da população será um referencial muito grande para a escolha dos candidatos nas convenções partidárias.