A Caixa Econômica Federal viu seu lucro crescer 62,8% no segundo trimestre do ano e alcançar R$ 2,587 bilhões graças às menores provisões para calotes de clientes e à diminuição de despesas.
O banco estatal divulgou nesta terça (26) o resultado para o período de abril a junho, mais de um mês depois da publicação do último balanço de um grande banco de varejo, o do Banco do Brasil. Em relação ao primeiro trimestre, a Caixa viu seu lucro subir 73,9%.
A margem financeira (receita gerada principalmente com empréstimos) somou R$ 12,95 bilhões, avanço de 10,7% ante o segundo trimestre do ano passado. Em relação ao período de janeiro a março, o crescimento foi de 2,7%.
As receitas do banco com prestação de serviços cresceram 11,3% em um ano, para R$ 6,211 bilhões. A maior alta na comparação anual foi com receita de convênio e cobrança, que cresceu 25,4%, para R$ 948 milhões. As receitas com conta corrente ficaram em segundo lugar, com avanço de 17,5%, para R$ 1,37 bilhão.
As despesas com pessoal aumentaram 6,7% no segundo trimestre, para R$ 5,38 bilhões. Segundo a Caixa, a evolução foi devido ao programa de desligamento voluntário do banco, realizado no primeiro trimestre. Ante os primeiros três meses do ano, as despesas caíram 8,6%.
Outras despesas administrativas recuaram 1,2% no ano, para R$ 2,95 bilhões. Houve crescimento de 4,3% em relação ao primeiro trimestre, porém.
CRÉDITO
A carteira de crédito do banco cresceu 3,5% na comparação anual, para R$ 715,9 bilhões. Desse valor, R$ 421,4 bilhões se referem a crédito imobiliário, crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2016.
As concessões para infraestrutura avançaram 5,3% frente ao segundo trimestre de 2016, para R$ 79,9 bilhões.
O banco viu sua inadimplência medida pelos atrasos superiores a 90 dias recuar de 3,20% no segundo trimestre de 2016 para 2,51% no mesmo período deste ano.
Com isso, conseguiu reduzir o dinheiro destinado para cobrir eventuais calotes. A provisão totalizou R$ 4,56 bilhões no segundo trimestre, queda de 27,1% em relação aos R$ 6,26 bilhões de um ano antes. Em relação ao primeiro trimestre, a queda é de 11,8%. (Folhapress)