Um grupo de advogados criminalistas se reuniu na tarde de ontem (26) com o candidato à Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio de Paiva, no comitê da chapa OAB que Queremos, para expor necessidades que a classe tem enfrentado. Desrespeito às prerrogativas, violadas recorrente e impunemente, foi o relato unânime dos advogados presentes à discussão.
De acordo com a advogada Rosângela Magalhães, já experiente na área criminal, o desrespeito dos direitos da classe é generalizado. Ela afirma que os ataques partem desde membros do Ministério Público a delegados, magistratura e mesmo dos próprios colegas de profissão, que “marginalizam” os colegas. “A advocacia criminalista, principalmente, é a que mais se vê desfavorecida quanto às defesas de suas prerrogativas pela Ordem. Lidamos com assuntos mais melindrosos, em contato constante com pessoas que se encontram presas. Visitamos com freqüência presídios e delegacias, por exemplo”, disse.
Rosângela explicou ao candidato Lúcio Flávio que a participação da classe dentro da procuradoria de prerrogativas, proposta pelo candidato da chapa OAB que Queremos, é fundamental, já que o segmento é a que mais sofre violações. O advogado Tiago Azevedo, atuante em Goianésia, denunciou que a situação de descaso da Ordem é ainda pior nas cidades do interior do Estado, que “encontram-se fisicamente distantes da comissão que hoje existe dentro da OAB-GO”.
Lúcio Flávio propôs a criação da Procuradoria de Defesa de Prerrogativas da Advocacia Goiana, cujo lema será: “Para cada violação uma reação”. O candidato ouviu relatos estarrecedores de desrespeito ao exercício profissional que vão desde agressões físicas revistas humilhqantes em presídios e se comprometeu a tomar as medidas que se fizerem necessárias para que as prerrogativas sejam rigorosamente observadas.
De acordo com o candidato, a ideia é de que os procuradores sejam vedados de exercer a advocacia direta: “Atuando apenas em defesa da advocacia, eles não precisam se preocupar, se intimidar com os órgãos que possam estar enfrentando processo da Ordem. O procurador não poderá sofrer retaliação por defender o advogado”, completou.