Considerada a terceira melhor data de vendas, os lojistas de Goiás temem que a paralisação nacional dos caminhoneiros afete o comércio em Goiás. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), o setor ainda tem estoques, mas se a paralisação, que já está no 9º dia, continuar, poderá faltar produtos nas lojas.
“Lojas de sapatos e eletroeletrônicos costumam ser as mais prejudicadas”, disse o vice-presidente do Sindicato, José Carlos Palma Ribeiro. Segundo o vice-presidente, sofrem mais os estabelecimentos comerciais que trabalham com mercadorias produzidas fora do Estado.
Além disso, José Carlos Palma destacou que no último fim de semana a circulação de pessoas no comércio reduziu em aproximadamente 30%.
“Nossa expectativa é que os efeitos do movimento não atinja essa data tão importante. Estamos confiantes que a venda dos Dias dos Namorados serão muito positivas este ano”, afirmou José Carlos Palma.
Outra preocupação é com o deslocamento dos funcionários, que, conforme levantamento do Sindilojas, passaram a chegar atrasados e até faltar o dia de serviço em função da diminuição da frota de ônibus do transporte coletivo e dificuldade de abastecimento dos veículos.
Ao Diário de Goiás, o presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Jairo Gomes, informou que o segmento de vestuário já sofre uma queda de 40% nas vendas desde o início da paralisação dos caminhoneiros.
“Até hoje ao meio dia tivemos um cancelamento de 40% das reservas de hotéis. Sem os turistas de compra, nossa venda também cai 40%. Estamos trabalhando com a estimativa de que até o fim da semana esse número chegue a 50%”, disse o presidente.
Segundo Jairo Gomes, a primeira preocupação do setor é não ter clientes para vender seus produtos. Em segundo lugar, é começar a faltar a matéria-prima para a confecção das mercadorias.
“Nós somos um segmento que produz a própria mercadoria, mas se continuar essa paralisação pode faltar matéria-prima. Se faltar matéria-prima, a indústria para e não tem como trabalhar. Com isso, o lojista não vende e acaba não tendo dinheiro para pagar funcionários e fornecedores”.
Em relação ao Dia dos Namorados, Jairo Gomes destaca que a “perspectiva é ruim”. “O Dia dos Namorados é uma data extremamente interessante para nosso comércio. Pesquisas mostram que vestuário é o item principal de compra. Se continuar a paralisação vamos ter um Dia dos Namorado pífio. Nossa visualização é a menor possível. Entendemos a luta, mas chega uma hora que é preciso dar uma trégua”, concluiu o presidente da AER44.
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