Os sindicatos goianos, apesar de divergentes em outros posicionamentos, se mostram contra o parcelamento do pagamento dos servidores. Conforme divulgado pelo Governo de Goiás, na noite de ontem (28), a administração estadual adotará o parcelamento do salário. A primeira parcela será paga no último dia de cada mês e a segunda parcela, até o quinto dia útil de cada mês.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmou que a proposta do governo só prejudica os servidores e não altera, do ponto de vista financeiro, o pagamento feito pelo governo.
“Essa proposta não tem o porquê de ser. Isso é estratégia do governo para fugir da data-base dos servidores públicos que é em maio, mas nós não vamos aceitar o parcelamento de nada, nem do salário e nem da data-base”, disse Bia de Lima.
Na tarde de hoje (29), às 16h, será realizada na sede do Sintego, no Setor Coimbra, uma assembleia com os servidores para tratar do assunto. Funcionários públicos ligados a outros sindicatos, como o Sindsaúde, também devem participar da reunião.
Flaviana Alves Barbosa, presidente do Sindsaúde, também se mostrou contrária a medida. De acordo com ela, o parcelamento do salário é um absurdo. “O governo está atacando a dignidade dos trabalhadores e quer que a gente pague pela crise. Isso é golpear os trabalhadores em seu direito”, declarou.
A presidente do Sindsaúde ressaltou que os trabalhadores foram pegos desprevenidos, já que a decisão do governo não foi negociada anteriormente. Ela afirmou que o sindicato também deve fazer uma assembleia para falar sobre o assunto na semana que vem.
Já o presidente da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Ademar de Oliveira, afirmou que se o pagamento passar para depois do quinto dia útil de cada mês, o sindicato entrará com uma ação contra o Estado.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico) também vai se reunir para discutir o parcelamento do salário. Segundo a diretora administrativa, Maria Divina Marques Mendes, o encontro dos servidores será realizado hoje às 15h, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, e além desse tema, será debatido o quinquênio.