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Lideranças políticas falam das expectativas para manifestações contra Bolsonaro no dia 2

Em meio à impopularidade demostrada nas últimas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro enfrentará mais uma manifestação a seu desfavor no próximo sábado (2). Partidos de esquerda organizam o evento para pedir o impeachment do atual governo.

Em Goiás, a expectativa é de grande público, diversos partidos e movimentos sociais participarão do ato com o propósito de pedir o impeachment de Bolsonaro — segundo a deputada estadual Adriana Accorsi (PT), que falou ao Diário de Goiás.

“A expectativa é muito grande que a gente tem para as manifestações do dia 2 de outubro, representada por diversos partidos políticos, principalmente do campo democrático e popular, mas principalmente movimentos socais e sindicais, liderados em Goiás pela CUT e por muitos outros”, disse a parlamentar.

Líderes de esquerda ouvidos pelo DG dizem que a manifestação ‘sem dúvida’ será muito maior que a do dia 12 de setembro, organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Nesta, os partidores de esquerda boicotaram o movimento e deixaram de participar, mesmo sendo uma pauta convergente entre MBL e legendas de esquerda. O protesto acabou sendo considerado fraco em número de participantes.

Ainda de acordo com os organizadores do evento, há também a possiblidade de adesão de grande parte da sociedade brasileira que não se envolve em debate político nem de esquerda e nem de direita, mas que está insatisfeita com os rumos políticos do Brasil.

Pelas redes sociais, artistas, políticos e diversas personalidades confirmaram presença nos locais onde haverá os atos anti-Bolsonaro. A ex-deputada Manuela d’ Ávila, por exemplo, publicou em suas redes sociais que irá às manifestações.

“Quem aí também está confirmado para esse sábado de luta pela democracia, pelo povo brasileiro e contra o genocida?!”, postou a política.

Ainda de acordo com Adriana Accorsi, mais um ponto a revoltar as pessoas e levarem-nas às ruas foi a revelação feita por uma advogada à CPI da Covid, de possíveis práticas irregulares cometidas pelo plano de saúde Prevent Senior.

“Ainda mais nesse cenários que estamos vivendo, de fome da população, de alta dos preços, seja dos alimentos, seja da gasolina, do gás de cozinha, mães morrendo porque têm que cozinhar com álcool e também a grade crueldade revelada na CPI da Covid revelada ontem de que patrocinada pelo governo uma empresa de medicina estava fazendo experiências nazistas com as pessoas no Brasil, deixando que elas morressem para que a economia não parassem, enganando a população com uma medicação que não funciona, que no mundo todo é comprovado que não funciona para que as pessoas pudessem viver normalmente e se infectassem e com certeza isso causou milhares de mortes”, disse a deputada.

Em quase sete horas de depoimento à CPI da Covid, nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato relatou uma rotina de ameaças a médicos da operadora de saúde Prevent Senior durante a pandemia de covid.

A profissional apontou falta de autonomia dos médicos, exigência da prescrição de remédios ineficazes e o envolvimento da empresa em um “pacto” com o chamado “gabinete paralelo” do Palácio do Planalto, que, segundo a CPI, orientava o presidente Jair Bolsonaro sobre condutas para o enfrentamento da crise da pandemia.

Diretora de Relações Institucionais da UNE, Thais Falone, explicou ao DG que ainda não foi definido o trajeto das manifestações em Goiânia. Sabe-se até agora que a concentração será às 9h na Praça do Trabalhador. Falone disse ainda que nas próximas horas será decido toda a programação e divulgada nas redes sociais da UNE.

Há três anos, em cerca de 114 cidades, ocorreram manifestações contrárias a Bolsonaro. Também houve atos em diferentes cidades do mundo, como Nova York, Lisboa, Paris e Londres. As maiores manifestações aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro, de acordo com os organizadores. Nesses atos, o número de participantes pode ter chegado em 100 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e 25 mil na Cinelândia, no Rio, no momento de pico.

Sob a liderança das mulheres, o ‘Ele Não’ teve adesão também de homens ao movimento. Na época, as líderes do movimento explicavam que o “movimento não é só das mulheres. É um movimento humanitário. A causa é contra o fascismo, o racismo, o esquecimento do que aconteceu na ditadura militar. É a favor da diferença”, disse em entrevista à época uma das organizadoras.

Thiago Humberto

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