Líderes do PT e do governo na Câmara defenderam nesta segunda-feira (7) a continuidade dos trabalhos do Congresso durante o recesso parlamentar, entre 23 de dezembro e 1º de fevereiro. A estratégia é dar continuidade ao rito do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade contra a lei orçamentária.
Segundo o líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), é do interesse do partido avançar com os trabalhos durante o recesso. “O País precisa andar, quem pensa sério quer resolver esse assunto logo. Vamos ter de decidir o mais rápido possível. Por isso, não pode ter recesso. Queremos trabalhar no Natal, no Ano Novo e assim por diante”, declarou.
Já o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a pausa para as festas de fim de ano e, em seguida, a retomada dos trabalhos. “A opinião da maioria dos líderes é não ter o recesso, dar um recesso até os primeiros dias de janeiro e, depois, tocar a vida. O País não suporta essa instabilidade”, sustentou.
Na mesma linha dos líderes petistas, a presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta tarde ser contrária à interrupção das atividades legislativas no final do ano. “O Congresso pode voltar a funcionar logo no início de janeiro, assim que passar as festas, daí você retoma a atividade congressual e julga todas essas coisas que estão pendentes, não é correto que o País fique em compasso de espera até o dia 2 de fevereiro.”
A presidente ressaltou que caberá ao Congresso definir a pauta de votações, caso haja convocação extraordinária. De acordo com a Constituição, a convocação pode ser solicitada pelo presidente da República ou pelos presidentes da Câmara e do Senado ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou de interesse público relevante. Em todas as hipóteses, será necessária a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso.