Publicidade

A prisão foi efetuada na Operação Anjo da Guarda 2 coordenada pelo delegado Marlon Souza Luz. Segundo relato dele, no inquérito, na manhã da última sexta-feira 04/01/2019, a Delegacia de Polícia Civil de Caiapônia-GO, com apoio da Polícia Militar, cumpriu Mandados de Prisão Preventiva de Nilson Alves de Sousa e de Noêmia Cândidat de Jesus Sousa. Eles são acusados de “estupro de vulnerável praticados pelos investigados em rituais de magia negra, tendo como vítimas crianças e adolescentes”.

Segundo o delegado, äs investigações apontaram que o investigado Nilon, na condição de líder da seita, recebia diversas pessoas da sociedade local, que se submetiam a rituais no sentido de terem resolvidos conflitos familiares, financeiros, amorosos e até mesmo de ordem política, além da cura de doenças”.

Publicidade

No relatório o delegado afirma que umas das seguidoras da seita, a investigada Noêmia, “teria ofertado ao seu líder, três netas, sendo duas crianças de 07 e 10 anos e uma adolescente de 13 anos de idade, para serem abusadas sexualmente como sacrifício a entidade que incorporaria no investigado Nilson no momento dos rituais”.

Publicidade

“A coragem das mães das crianças em levarem o caso ao conhecimento das autoridades, mesmo tendo como uma das autoras, a própria avó das vítimas, foi fundamental tanto para garantir o sucesso das investigações, como também para a proteção e assistência das vítimas”, relatou o delegado.

Segundo o Delegado Marlon Souza Luz, titular da Delegacia de Polícia Civil de Caiapônia-GO, durante a realização da operação policial, que além das prisões, cumpriu mandados de busca e apreensão nos acampamentos dos investigados, resultando na localização de farto material probatório, os investigados confessaram a prática dos crimes, detalhando a forma dos abusos, apontando ainda a presença de políticos e pessoas da alta sociedade nos locais dos rituais, funcionando ultimamente em um acampamento as margens da GO-221, distante cerca de 8 km da cidade.

Publicidade

“Com a prisão dos investigados e a apreensão do material encontrado, dentre vestimentas utilizadas nos rituais, símbolos religiosos, material pornográfico, aparelhos celulares, anotações diversas e sobretudo diários com relatos detalhando os rituais e os estupros, teremos condições de apontar a existência ou não de outras vítimas e se os frequentadores e seguidores da seita também participaram dos abusos sexuais, o que poderá resultar em mais prisões”, afirmou o delegado.

Por último, o delegado Marlon Luz, esclareceu que uma gravação em vídeo, na qual a testemunha Francisco, vulgo Ceará, companheiro da investigada Noêmia, aparece confessando os estupros, foi gravado dias antes da operação e publicado após as prisões, demonstrando nitidamente a intenção de confundir a opinião pública. Os autos do Inquérito Policial indicam elementos de informação e de prova consistentes quanto a autoria dos crimes. Ainda segundo o delegado, o teor da confissão em vídeo, demonstra a total incongruência com as declarações das vítimas, que inclusive estavam sendo ameaçadas e coagidas a não revelarem os autores, fundamentando assim em parte a decretação das prisões. Do mesmo modo, os elementos de prova levantados pela investigação, apontam com clareza a dinâmica dos fatos e os indícios de autoria.

O delegado conclui que no vídeo, percebe-se facilmente que Francisco, na condição de seguidor da seita, está sendo orientado na gravação quanto ao que deve falar, além de demonstrar nitidamente total insegurança e incômodo com a suposta confissão. Em depoimento formal a Polícia Civil, a testemunha FRANCISCO, apontou que teria sido convencido pelo investigado NILSON a gravar a confissão, inclusive sendo esse o responsável pela filmagem.

Publicidade