O humorista Leo Lins foi demitido do SBT depois de publicar um vídeo onde faz piada ofensiva sobre uma criança com hidrocefalia que vive no Ceará. O vídeo, feito em uma de suas apresentações e postado na última quarta-feira (29), vinha provocando comentários críticos nas redes sociais. Ao sair da emissora, ele deixa o quadro de integrantes do programa “The Noite com Danilo Gentili”. A informação foi confirmada pelo portal Splash com a assessoria da emissora de Silvio Santos.
“Eu acho muito legal o Teleton, porque eles ajudam crianças com vários tipos de problema. Vi um vídeo de um garoto no interior do Ceará com hidrocefalia. O lado bom é que o único lugar na cidade onde tem água é a cabeça dele. A família nem mandou tirar, instalou um poço. Agora o pai puxa a água do filho e estão todos felizes”, disse Leo Lins no vídeo, que já não consta mais em seu perfil oficial.
A AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) chegou a emitir um comunicado na tarde desta segunda-feira (5) lamentando o episódio. “A AACD repudia veementemente a ‘piada’ feita por Leo Lins em vídeo divulgado recentemente nas redes sociais do comediante. Em uma fala extremamente infeliz e bastante capacitista, ele ataca pessoas com hidrocefalia, chama as pessoas com deficiência de ‘crianças com vários tipos de problemas’ e mostra desrespeito aos moradores do Ceará”, diz a nota.
Apesar disso, Leo Lins que não tem usado suas redes sociais desde abril, não se pronunciou sobre assunto e apenas usou os stories do Instagram para mostrar que esta sendo ameaçado e também publicou uma foto em que aparece algemado e com a boca tampada com uma fita vermelha, simulando censura. O “comediante” deve fazer uma manifestação sobre o caso em breve em seu canal no Youtube.
Vale lembrar que a hidrocefalia é uma condição que acontece quando a quantidade de líquido cefalorraquidiano (LCR) ou liquor, como também é conhecido, aumenta no crânio. Este acréscimo anormal do volume de liquor dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio, provocando uma série de sintomas que necessitam de tratamento de emergência para prevenir danos mais sérios, segundo o Ministério da Saúde.