O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu nova denúncia contra o empreiteiro Marcelo Odebrecht, Renato Duque, Pedro Barusco e outros três investigados na Operação Lava Jato. A denúncia foi aceita nesta segunda-feira (19) pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Federal em Curitiba, que decretou nova prisão preventiva de Odebrecht, que está em Curitiba desde junho deste ano.
Segundo a denúncia, o empreiteiro está diretamente envolvido no pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras, além de orientar como outros acusados ligados à empresa deveriam agir. Entre eles estão Rogério Araújo, Márcio Faria de Sá e Cesar Rocha. Para a ação penal, foi considerado os documentos da Suíça que comprovam a movimentação de contas da Odebrecht, apresentados pela acusação.
“Relativamente ao pagamento de vantagens indevidas nos contratos que constituem objeto específico desta ação penal, observo que, além das propinas constituírem, em cognição sumária, a regra nos grandes contratos da Petrobras, os contratos encontram-se relacionados em tabela fornecida por Pedro Barusco, gerente de Serviços e Engenharia da Petrobras”, disse o juiz.
Sérgio Moro também afirmou que a denúncia não é sustentada apenas na “declaração de criminosos colaboradores”, mas, sim, com “provas documentais significativas da materialidade dos crimes”.
“O risco à investigação e à instrução decorre de condutas subreptícias, destruição e interferência na colheita das provas, assim como o risco à aplicação da lei penal, dissipação de ativos com remessas ao exterior e movimentação no exterior de ativos criminosos. Não há como controlar essas condutas com medidas alternativas”, afirmou o juiz sobre a prisão de Marcelo.
(Com informações da Agência Brasil)