Foi desarticulada na última quarta-feira (14), uma quadrilha de tráfico de drogas nas cidades de Abadia de Goiás e Hidrolândia. O grupo possuía o maior laboratório de drogas encontrado este ano no estado de Goiás. A quadrilha buscava pasta base de cocaína na Bolívia e misturava com insumos, onde multiplicavam a droga.
De acordo com o Delegado Vinicius Teles, as investigações começaram três meses atrás. O laboratório funcionava no Setor Porto Seguro, na cidade de Abadia de Goiás. No local foram apreendidos cerca de 35 quilos de cocaína, entre cocaína já pronta para distribuição, a chamada “escama de peixe” e a pasta base. De acordo com a Perita Criminal Beatriz Abdallah, a escama de peixe é a cocaína com alto grau de pureza, já a pasta-base é uma pasta onde os criminosos costumam misturar dezenas de insumos para multiplicar a quantidade e aumentar o lucro.
Além das drogas, foram encontrados no laboratório dezenas de formas, insumos destinados à manipulação da droga, como fenacetina e ácido bórico, balança de precisão, duas prensas industriais, uma delas com capacidade de prensar 60 toneladas, essa foi a maior já apreendida em um laboratório clandestino no estado de Goiás.
No laboratório os policias prenderam Orlando Gregório Torrico de 48 anos, também conhecido como Auricelio da Paz, já condenado por tráfico de drogas no estado de Tocantins e em Goiás por uso de documento falso. Ele era responsável apenas pela guarda do imóvel, que era funcionava como uma espécie de ‘fortaleza’, com muros de 5 metros de altura, o local era de difícil acesso.
Outros integrantes da quadrilha foram encontrados em uma residência localizada no Loteamento Grande Goiânia, na cidade de Hidrolândia. Na casa foram presos o chefe da quadrilha Manoel Francisco de Oliveira Paes de 63 anos, Reginaldo Oliveira Andrade de 27 anos e sua esposa Raquel Rodrigues Marinho de 36 anos. Com eles foram encontrados um quilo de pasta base, insumos e uma balança de precisão.
A quadrilha conseguia, após a inserção de insumos, praticamente dobrar o volume da droga, vendendo entre 70 a 80 kg a outros traficantes de Goiânia e Tocantins. O Delegado contou que o grupo movimentava cerca de 70 kg de pasta base por mês. O quilo da droga era negociado por mais de R$ 10 mil.
As investigações continuarão em parceria com as polícias civis do Tocantins e Rondônia para que sejam identificados os traficantes que forneciam e adquiriam as drogas a quadrilha. Os autuados responderão por crimes de tráfico de drogas, petrechos e insumos e associação para o tráfico, podendo pegar caso condenados, até 41 anos de reclusão.
Leia Mais:
Decon desarticula esquema de falsificação de cerveja
Irmão traficantes são presos vendendo drogas no Terminal Garavelo
Polícia encontra depósito usado para esconder cargas roubadas