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| Em 4 anos atrás

Kit-Covid: Caldas Novas distribui medicamentos sem eficácia comprovada para conter a pandemia

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Na tentativa de conter o avanço da Covid-19, a Prefeitura de Caldas Novas tem feito a distribuição de um combo de medicamentos composto pela ivermectina, hidroxicloroquina, zinco e vitamina D. O “kit-covid” como é conhecido popularmente, não tem eficácia comprovada no tratamento à doença. Quem explicou como se dá a distribuição é o secretário de Saúde do município, Angelo Silva em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, na manhã desta terça-feira (16/02).

“Adotamos o tratamento precoce e estamos fazendo a profilaxia oferecendo o kit covid gratuitamente para a comunidade para todos aqueles que acham que devem fazer e tem a prescrição médica, nós estamos fornecendo. Agora estamos controlando e dando amenizado”, destacou o titular da pasta que reforça que o medicamento só é distribuído com a prescrição médica. “Nós estamos oferecendo ivermectina, hidroxicloroquina, zinco, vitamina D. Está a disposição da sociedade. É lógico que respeitando o ato médico. O médico tem liberdade de prescrever ou não.”

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Por outro lado, Angelo comentou que quem quiser ser medicado daquela maneira, tem o direito de receber a receita. “Ela não toma por conta própria. Ela tem que ter uma receita médica e o médico tem a liberdade de prescrever ou não, respeitando a liberdade do médico e o entendimento de cada um, mas uma vez que o paciente está com síndrome gripal e ele pede o medicamento, ele também tem o direito de receber.”

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Ivermectina não tem eficácia contra a covid-19, diz fabricante

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Na ânsia de encontrar uma solução para tratar a Covid-19, alguns tiros foram dados. Nessa caminhada, a hidroxicloroquina e a ivermectina foram colocadas por algum tempo, como medicamentos eficazes para o tratamento da doença. Em longo comunicado no dia 4 de fevereiro, a farmacêutica Merck, uma das produtoras da ivermectina destacou que o insumo não era eficaz contra a Covid-19. (Clique aqui para ver o texto na íntegra, em inglês)

No comunicado, a Merck destaca três pontos importantes. “Nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra COVID-19 de estudos pré-clínicos; Nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com doença COVID-19, e; A preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos. Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora.” 

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.