O Santos ficou perto da classificação para as quartas de final da Libertadores com a vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-PR, nesta quarta (5), em Curitiba. Kayke fez dois gols e foi o principal nome da equipe.
Com o resultado, o time paulista pode até perder por um gol de diferença no jogo de volta, na Vila Belmiro, em 10 de agosto, desde que seja por 1 a 0 ou 2 a 1. Se o revés for por 3 a 2, a decisão será nos pênaltis. Isso porque a quantidade de gols marcados fora de casa é um critério de desempate.
Sem poder jogar na Arena da Baixada, que recebe a Liga Mundial de vôlei, o Atlético mandou a partida no acanhado estádio Durival de Brito. Mas nos primeiros minutos, os paranaenses não sentiram a diferença. Pressionando a saída de bola santista e aproveitando os erros de passe, controlaram o confronto e o gol saiu aos seis minutos. Nikão, ex-Santos, apanhou rebote da entrada da área e chutou forte no canto esquerdo.
Parecia que era só o começo porque os visitantes não se encontravam em campo. Sem conseguir atuar em velocidade, os santistas eram presas fáceis para o sistema de marcação do Atlético. O zagueiro Thiago Heleno quase ampliou de cabeça.
Alarmado, Levir Culpi pedia para seus jogadores saírem mais para frente e não aceitassem a pressão do rival. Isso começou a acontecer a partir dos 15. Coincidiu com a ascensão de Lucas Lima na partida. Cada vez mais o meia chamou a responsabilidade e acionou Copete e Bruno Henrique nas laterais. Foi com dois passes precisos, de Jean Mota e em seguida de Lucas Lima, que Kayke saiu na cara do gol aos 25. Ele chutou pelo alto e empatou. Uma jogada que serviu para estabilizar o Santos na partida.
A partida se tornou equilibrada. Ruim, mas equilibrada. Nenhuma equipe conseguiu criar chances claras. O melhor momento aconteceu aos 44, quando Vanderlei desviou chute de Lucho González e a bola bateu na trave.
O Santos voltou para o segundo tempo atacando o adversário, pressionando e mostrando muito mais iniciativa do que nos primeiros 45 minutos. Kayke quase marcou no início da etapa final. Faltava arrematar mais de fora da área. Quando isso aconteceu, o goleiro Weverton colaborou. Ele soltou finalização de Vitor Ferraz nos pés de Bruno Henrique dentro da pequena área. O meia-atacante santista não teve dificuldade em completar para o gol.
A torcida do Atlético-PR se virou contra o técnico Eduardo Baptista, o vaiando e chamando de “burro”. O Santos foi para cima e aumentou a pressão no rival ao fazer o terceiro aos 22, quando Kayke completou de letra cruzamento rasteiro de Bruno Henrique. Foi o quarto gol do centroavante em dois jogos contra os paranaenses.
Apesar do domínio, o Santos levou um gol em falha de posicionamento da defesa, que não marcou Rosseto e Éderson. O primeiro escorou de cabeça e o segundo tocou para o gol aos 26, recolocando o Atlético na partida. Acuado pelo avanço dos paranaenses, os paulistas quase levaram o empate em chute de Nikão que desviou na zaga e foi para fora.
Nos minutos finais, Levi Culpi fez substituições para segurar o jogo e o Santos ficou a um empate de se classificar para as quartas de final da Libertadores.
ATLÉTICO-PR
Weverton; Cascardo, Thiago Heleno, Paulo André, Sidcley; Otávio, Lucho Gonzalez (Pablo), Rosseto (Grafite); Nikão, Douglas Coutinho (Carlos Alberto), Ederson. T.: Eduardo Baptista
SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz, Jean Mota; Renato, Thiago Maia, Lucas Lima (Vecchio); Copete, Bruno Henrique, Kayke (Noguera). T.: Levir Culpi
Estádio: Vila Capanema, em Curitiba (PR)
Juiz: Roberto Tobar (CHI)
Público: 13.770
Renda: R$ 243 mil
Gols: Nikão (Atlético-PR), aos 7min, e Kayke (Santos), aos 25min do 1º tempo; Bruno Henrique (Santos), aos 11min, Kayke (Santos), aos 22min, e Ederson (Atlético-PR), aos 26min do 2º tempo
Cartões amarelos: Otávio e Thiago Heleno (Atlético-PR)