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Kátia Maria foca discurso em saúde e educação para auxiliar na geração de emprego

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Kátia Maria (PT).

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A candidata ao governo de Goiás pelo PT, Kátia Maria, concedeu entrevista nesta quinta-feira (13) à Rádio Bons Ventos FM. Durante os 30 minutos de entrevista, Kátia Maria focou as respostas na manutenção ou retomada de programas criados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a nível nacional, mas com a devida regionalização para Goiás, como o Mais Médicos e empréstimo aos micro e pequenos empresários.   

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Leia parte da entrevista:

Qual o balanço da campanha até agora: o eleitor entendeu sua mensagem?

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– Estou muito feliz com o que eu estou encontrando nas ruas, a receptividade das pessoas e o eleitor está entendendo. Apesar de esta ser uma eleição mais curta, esses espaços inclusive que vocês estão abrindo nos ajuda a dialogar com esse eleitor. Estou sendo muito bem recebida e a mensagem está chegando. Ontem eu sai de uma emissora de TV à noite, [estava] no sinaleiro, uma moça abaixou o vidro e eu abaixei o meu também. “Boa noite, Kátia. Meu voto é seu”. Então, significa que a coisa está ramificando, está pegando mesmo e eu agradeço o carinho que a população tem nos recebido. Estou pronta para governar Goiás, para fazer uma gestão integrada, que possa articular desenvolvimento econômico, com social e sustentabilidade ambiental, levando qualidade de vida, descentralizando as nossas políticas para que o morador do interior também possa ser atendido e a gente possa dar dignidade para quem está na capital e quem está no interior.

Suas qualidades são ficam prejudicadas quando você diz que é do time do Lula, que está preso?

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– Não, o que eu tenho sentido nas ruas é exatamente o contrário, e as pesquisas mostram isso. Porque o Lula, mesmo preso, mesmo com todas as perseguições lidera as pesquisas, e na rua isso é muito forte. As pessoas falam para mim: “Kátia, à época do Lula eu comia melhor, eu comia carne todo dia. À época do Lula eu consegui colocar meu filho na universidade, eu tive a casa própria, eu consegui comprar meu carro, meu emprego era melhor, hoje estou desempregada”. Então, as pessoas viveram melhor na época do Lula. Quando eu falo que sou o time do Lula, eu falo com muita consciência, porque eu quero fazer em Goiás os projetos que o Lula fez no governo federal, quero ampliar e fortalecer a Universidade Estadual de Goiás, quero fazer um programa de moradia. Nós construímos 244 mil casas aqui em Goiás do Minha Casa Minha Vida. Quero ser uma governadora que com os recursos de Goiás possa construir casa. Nós construímos na gestão do Lula e do Haddad, que agora é o nosso candidato a presidente, mais de 400 Cmeis em Goiás. Eu quero ser a governadora que vai construir mais 600 aqui no nosso Estado para atender as nossas crianças, de zero a seis anos. Nós construímos Unidades Básicas de Saúde. Eu tive a oportunidade de ajudar vários municípios, orientando como fazer os projetos. Então, eu quero ser a governador que cuida da saúde, que descentraliza, que faz hospital regional articular com centro de especialidade para levar o atendimento. O governo do PT, que era coordenador pelo Lula, fez o Mais Médicos, que atendeu 166 cidades em Goiás, garantindo 700 profissionais para levar médico onde não tinha. Então, eu quero fazer isso aqui em Goiás, fortalecer a saúde da família com o projeto Mais Médicos em Goiás, em uma articulação com as universidades, porque hoje nós temos um déficit de profissionais, temos profissionais que não querem ir para o interior, e nós temos um déficit também de especialidades, por exemplo, hoje nós temos um grande problema na área de pediatria, não temos médicos que querem se especializar em pediatria. Nós não podemos deixar as nossas crianças e as mães, que ficam no sufoco, vendo seus filhos demandando da saúde e não ter esse atendimento. Então, eu quero ser a governadora que tem esse olhar atencioso para cuidar das pessoas que mais precisam.

Como professora, como a senhora avalia o resultado do Ideb em Goiás, o que poderia melhorar?

– Nós temos muitos desafios na área da educação. É preciso que as pessoas entendam que o Ideb é o índice que mede a qualidade do ensino, pautado em alguns parâmetros. Apesar de Goiás ter sido um dos melhores colocados no índice a nível nacional não atingiu a meta estabelecida pelo projeto. Não é que somos os melhores. A verdade é que a pesquisa está mostrando que somos menos piores do que outros estados. Precisamos avaliar. Por exemplo, no índice que nós fomos um pouco melhor avaliado, que foi da educação do Ensino Médio, nós temos a cada quatro jovens, um que não completa o Ensino Médio. Podemos dizer que isso é uma educação boa? Que 25% não consegue concluir o Ensino Médio? Não é. Nós precisamos ter uma política séria, com educação integral, onde possamos fazer a formação completa desses estudantes, garantindo do ponto de vista pessoal e profissional também, para dar uma oportunidade para ele no presente e no futuro. E é isso que queremos fazer, garantir essa educação pegando os 100 municípios que têm os maiores índices de vulnerabilidade social para ser o ponto de partida desse projeto de educação integral. A pesquisa mostra que onde o Estado é presente com política de educação, de saúde, de geração de trabalho e renda, a criminalidade não avança, ela não tem brecha para entrar. Eu quero ser essa governadora que faz esse governo articulado. Além de investir na educação, no ensino básico, no segundo grau, quero ser a governadora que cuida da educação que cuida da educação completa. Nisso, precisamos falar também da educação infantil, ser parceira dos municípios. Hoje nós temos um déficit de mais de 314 mil crianças fora do Centro de Educação Infantil, e eu quero construir 650 creches que é para cumprir com 50% desse déficit na educação infantil de zero a três anos. Primeiro, porque a criança precisa ser educada desde o início e, segundo, porque isso também é num fator de geração de emprego e renda, porque a mãe tem um lugar adequado para deixar a criança, ela sabe que está bem tratado e sabe que pode trabalhar com a consciência tranquila porque o filho está dentro de uma unidade que está cuidando da sua segurança e formação. Além de investir na UEG, fazer da UEG uma universidade autônoma e que ela seja minha parceria para pensar no desenvolvimento de Goiás, para que seus polos possam trazer o desenvolvimento regional, garantindo que os municípios possam melhorar a sua economia e, com isso, gerar trabalho e renda. Nós estamos prontos para fazer essa mudança a partir da educação.

Para isso é preciso investimento. Tem escolas com grandes diferenças. Como resolver essa disparidade?

– É uma disparidade muito grande. O Colégio Militar custa três vezes mais ao Estado. E esses outros colégios têm ficado a mercê do atendimento do Estado. Eu cheguei a uma escola em Cristalina e o gestor fez questão de me apresentar as dependências da unidade para dizer: “Kátia, isso aqui está bonitinho desse jeito porque eu tive que fazer uma rifa, tive que fazer festa na comunidade porque o Estado não me ajudou e eu precisava fazer o muro, colocar o portão, porque aqui nós temos um problema de segurança pública muito grande, para garantir a segurança dos meus alunos para dar condição que o ensino acontecesse a contento”. Então, é isso, temos um problema sério na educação e não faz educação sem financiamento. Nós vimos nos jornais, e aliás é uma denúncia do nosso candidato a senador há muito tempo, que o Estado de Goiás não estava cumprindo com a aplicação dos 25% na educação. Essa é uma denúncia antiga do deputado Luís César Bueno, na Assembleia Legislativa, que o Ministério Público esta semana colocou a ação para andar. Quero dizer do nosso compromisso de fazer valer o que a lei fala, investindo os 25% na educação, valorizando nossos profissionais, dando dignidade para nosso povo com educação que seja completa.

Essa ação tem uma questão polêmica e fiscal de que não deve ser computado o custo da merenda e dos inativos. Penso eu que a merenda é custo da educação, não?

– É, mas tem outras coisas. Se você ler o relatório dos técnicos dos Tribunais, e eu li porque sou estudiosa e gosto de saber na íntegra, tem vários desvios de conduta apontado no relatório do técnico. O problema é que temos os tribunais ocupados por políticos e na hora de aprovar os projetos, o relatório dos técnicos nem sempre são levados na íntegra a contento na hora do voto. O que está no relatório é isso. Agora, eu quero ser uma governadora que arruma a casa, que chega para a arruação do Estado, que coloque as finanças em dia, garantindo com que nós tenhamos uma sustentabilidade financeira para fazer os programas que são prioridade para a população. Nós vamos descentralizar a saúde, vamos fazer com que a região do Sudoeste seja atendida de verdade, com hospital regional, com centro de especialidade médica para atender a população sem precisar que o morador de Mineiros atravesse 400 quilômetros para chegar em Goiânia e ser atendido, que saia lá de Minaçu, anda 500 quilômetros para ser atendido em Goiânia. Nós queremos inverter a lógica, nós queremos que a saúde vá até à região para ele ser atendido com dignidade. Parta isso, é organizando as finanças, fazendo programa forte de geração de trabalho e renda, para que possamos, primeiro, combater o desemprego, gerando emprego e renda e dando oportunidade e dignidade às pessoas e isso vai ampliar as finanças do Estado, porque quando você gera mais emprego, você movimenta o comércio, a indústria, arrecada mais e com isso nós vamos poder retribuir em políticas públicas de saúde, educação, segurança pública.

Como seria a descentralização?

– Eu vou fazer de duas formas: uma é essa, fazendo parcerias com os municípios e fazendo com que o Estado possa ser o agente responsável para dar as condições para que esses equipamentos de saúde já existentes possam funcionar, garantindo que o tripé do SUS, governo municipal, estadual e federal, possa funcionar, garantir incluis que os 12% sejam aplicados na área da saúde. Depois, onde não tem esses equipamentos, nós vamos garantir a construção. Hoje nós temos em Uruaçu, que foi feita só a primeira etapa. Foram lá e inauguraram, mas não está funcionando. Temos em Águas Lindas, que já foi inaugurado três vezes e a obra nem foi finalizada. E temos um prédio abandonado em Santo Antônio do Descoberto que precisa ser retomado e dar condição de trabalho para que as pessoas possam ser atendidas com qualidade. Então, é retomar as obras paradas, movimentando a construção civil, gerando trabalho e renda e fazendo com que o serviço público possa acontecer na ponta. É por isso que eu tenho orgulho de dizer que sou do tem do Lula, porque o Lula fez isso. O PAC movimentou a construção civil, a econômica, gerou trabalho e renda, e eu vou fazer isso com o Emprego Já. Retomando as obras paradas do Estado, nós vamos movimentar a construção civil com as linhas de crédito para as micro e pequenas empresas, nós vamos fomentar o comércio local e vamos criar o programa Economia Sustentável, que vai pegar três eixos: turismo, Goiás é belíssimo com recursos naturais do Cerrado, queremos potencializar o turismo, a economia criativa da cultura, agregando isso ao turismo e a agricultura familiar, que gerando mais trabalho e renda nós vamos gerar economia e teremos mais recursos para investir nessas áreas sociais.

Veja entrevista:

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