O senador Jorge Kajuru (Podemos) é um dos articuladores para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregulares no Ministério da Educação (MEC).
“Já conseguimos 28 assinaturas e vamos nos reunir hoje com o [presidente do Senado, Rodrigo] Pacheco [PSD]. Daí os partidos escolherão os integrantes. A nossa expectativa é a de que a CPI seja instalada em uma semana”, disse, em entrevista ao Diário de Goiás.
“A maioria quer meu nome como relator”, revelou. “Mas ainda preciso analisar e ver o que o Podemos acha. Uma CPI te coloca 24 horas por dia preso a ela. Não dá para fazer mais nada.”
De acordo com Kajuru, o objetivo é conduzir os trabalhos de forma “independente e sem revanchismo”, encerrando as atividades antes das eleições, em 2 de outubro.
“A ideia é começar pelo FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação], com a convocação do ex-presidente Carlos Alberto Locatelli. Depois, precisamos de explicações sobre o dinheiro que foi enviado às prefeituras pelo dois pastores presos [Gilmar Santos e Arilton Moura]”, explicou.
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Kajuru também afirma que há a intenção de ouvir o deputado federal João Campos (Republicanos), que foi o parlamentar mais visitado por Moura na Câmara dos Deputados e supostamente seria o responsável por abrir as portas do Palácio do Planalto a eles.
“É importante apurar esse relacionamento com a Presidência. Existe um áudio revelado pela Folha de S. Paulo em que o ex-ministro [Milton Ribeiro] fala em priorizar os pastores por ordem do presidente [Jair Bolsonaro, do PL]”, frisou.