BRUNO BRAZ E PEDRO IVO ALMEIDA
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A semana promete ser bastante agitada na política do Vasco. Com a volta do recesso, a Justiça terá em mãos três ações que definirão os rumos do clube. Além de ter de analisar o pedido de reconsideração de Eurico Miranda das últimas decisões judiciais e uma liminar com o objetivo de cassar as determinações que dão a vitória ao candidato de oposição Julio Brant, ela ainda terá que definir o que acontecerá após o fim do mandato do atual presidente, que se encerra no próximo dia 16.
A única certeza até o momento é a de que ocorrerá, até o dia 15, o pleito do Conselho Deliberativo, uma vez que a eleição vascaína é de modo indireto. Com as decisões momentâneas do Judiciário, Brant tem o direito de indicar 120 conselheiros contra 30 de Eurico. Estes 150 se juntam a outros 150 considerados natos e os 300 elegem o novo presidente cruzmaltino. Nunca, na história do clube, um vencedor nas urnas foi derrotado no Conselho.
Com o imbróglio judicial, porém, fica a dúvida se Brant assume imediatamente, Eurico permanece até uma decisão final da Justiça ou é eleito um presidente interino. Portanto, a decisão judicial será primordial para se saber quem toca o clube a partir do dia 17 de janeiro.
As solicitações de Eurico Miranda serão observadas por um colegiado de desembargadores a partir da próxima segunda-feira (8).
Para sua defesa, o presidente do Vasco contratou o escritório do advogado Sérgio Bermudes, um dos mais renomados e caros do Brasil e que defende, por exemplo, o empresário Eike Baptista nas investigações da Lava-Jato.