O prefeito afastado do cargo no Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) chegou ao presídio por volta das 19h50 desta terça-feira (22/12), após a Justiça manter sua prisão preventiva. As informações são do G1.
Crivella acordou com uma operação da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Ele é suspeito em comandar em um esquema criminoso de pagamento milionário de propinas.
Ele deverá passar a noite em Benfica, porta de entrada do sistema penitenciário carioca e a partir daí a Secretaria de Administração Penitenciária decidirá para qual unidade ele irá ser encaminhado. Como é engenheiro, o prefeito terá cela especial.
Prefeito alega ‘perseguição política’
Ao chegar às 6h35 na Cidade da Polícia, o prefeito atribuiu a sua prisão a uma perseguição política. “Perseguição política. Lutei contra o pedágio ilegal e injusto, tirei recursos do carnaval, negociei com o VLT. Foi o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse, acrescentando que a sua expectativa agora é “Justiça”.
O advogado Alberto Sampaio, que defende Crivella, disse ao sair da Cidade da Polícia, onde foi acompanhar o cliente, que o prefeito foi surpreendido com a prisão.
De acordo com Martins, as investigações começaram antes do prefeito assumir o cargo. Com base nos depoimentos prestados em delação doleiro Sérgio Misrahy, o MPRJ incluiu na denúncia que a empreitada criminosa teria se intensificado em 2016, durante a campanha eleitoral de Marcelo Crivella, época em que um dos empresários denunciados pediu que ele providenciasse contas bancárias pelas quais pudesse receber dinheiro em espécie para serem utilizadas na campanha. O doleiro, ainda conforme os seus relatos, esteve por diversas vezes para entregar ao empresário, chamado pelo procurador de longa manus do prefeito, o dinheiro obtido nas operações de troca de cheques mediante cobrança de taxa de serviço. A expressão em latim significa braço longo ou o executor das ordens.