Ex-Deputado cassado, Deltan Dallagnol, durante pronunciamento no salão verde da Câmara. (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), recusou um recurso nesta segunda-feira (22) que buscava suspender a decisão que obrigou o ex-procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, a pagar uma indenização de R$ 75 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referente ao episódio conhecido como “caso do powerpoint”.
A ministra fundamentou sua decisão em questões processuais, não aceitando o recurso extraordinário como meio de reverter a condenação imposta ao ex-procurador.
Em 2016, quando era chefe da força-tarefa da Lava Jato, Dallagnol utilizou um powerpoint para acusar Lula, então sob investigação pela operação, de liderar uma organização criminosa. Posteriormente, esses processos foram anulados pelo STF, que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução das investigações.
Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Deltan Dallagnol a pagar uma indenização de R$ 75 mil a Lula por danos morais.
Na ocasião, Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula e atual ministro do STF, questionou a conduta de Dallagnol em sua função. Ele argumentou que o ex-procurador, junto a outros membros da Lava Jato, utilizou o powerpoint para acusar o ex-presidente de liderar uma organização criminosa, empregando termos desabonadores e uma linguagem não técnica.
Com informações da Agência Brasil
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