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Justiça homologa dois acordos de delação na operação de Ribeirão Preto

A Justiça de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) homologou nesta sexta-feira (15) duas delações premiadas relativas à Operação Sevandija -parasita-, que investiga o que é considerado o maior escândalo de corrupção da história da cidade.

Foram homologadas as delações de Paulo Roberto de Abreu Júnior e Alexandra Martins, respectivamente sócio e ex-namorada do empresário Marcelo Plastino, encontrado morto em novembro de 2016, dois meses após a deflagração da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público paulista.

A apuração, até agora, chegou a licitações fraudadas que somam R$ 203 milhões, segundo o Gaeco. Foram denunciadas 34 pessoas e bloqueados R$ 33 milhões, além de 68 imóveis e 66 veículos.

Nove pessoas estão presas, entre elas a ex-prefeita Dárcy Vera (PSD), três ex-secretários (Administração, Educação e Casa Civil), dois ex-servidores, dois advogados e um ex-vereador. Todos negam elo com irregularidades.

Os dois acordos homologados são referentes à investigação dos contratos de terceirização assinados entre a Prefeitura de Ribeirão Preto e a Atmosphera, empresa de Plastino. Conforme a denúncia, a empresa era usada para abrigar funcionários indicados por agentes públicos, como vereadores, em troca de apoio político para Dárcy na Câmara.

Engrenagem

Segundo o Gaeco, as colaborações premiadas foram fechadas depois de meses de negociação e os dois envolvidos confessaram participação e indicaram “as engrenagens e a dinâmica das contratações ilícitas, a realização de periódicos e vultosos saques em dinheiro vivo das contas da empresa e os contatos entre o empresário falecido e agentes públicos de Ribeirão”. Plastino foi encontrado morto em seu apartamento -de acordo com a polícia, cometeu suicídio.

Ainda conforme a Promotoria, Abreu Júnior e Alexandra apresentaram centenas de documentos, como ofícios e e-mails com assinaturas de autoridades chancelando a contratação de apadrinhados políticos, além de manuscritos do empresário morto sobre os fatos e seus contatos na prefeitura.

O processo sobre as terceirizações é um dos vértices de um triângulo que contempla ainda o suposto pagamento de propina a partir do recebimento de honorários advocatícios e um contrato ilegal firmado no Daerp (departamento de água). Dárcy está presa devido ao processo dos honorários -as audiências do caso terão início no fim do mês.

Além das duas delações homologadas nesta sexta, dois outros acordos foram fechados anteriormente, um na apuração dos honorários advocatícios e outro, no contrato do setor de água.

O acordo de delação prevê limite de pena a ser fixada caso os dois sejam condenados e desbloqueio de parte de seus bens. (Folhapress)

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Thais Dutra

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