Um dos heróis mais icônicos dos quadrinhos, o Capitão América ficará de fora do segundo turno das eleições para a prefeitura de Fortaleza.
Assim como ele, o boneco Robertinho e o pinguim o animal, não o vilão do Batman também foram proibidos de comparecerem às urnas no dia da votação, em 30 de outubro.
A Justiça Eleitoral do Ceará emitiu na terça-feira (4) uma portaria disciplinando as vestimentas no dia de eleição, vetando camisas com os símbolos que remetam às candidaturas de Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR) no segundo turno.
Do lado do prefeito Roberto Cláudio, foram proibidos os bonecos Robertinhos, que trazem a imagem do candidato em traços infantis e imagens do pinguim, apelido dado ao pedetista pelos adversários na eleição de 2012.
Já os eleitores de Capitão Wagner estão proibidos de ir votar usando roupas com a símbolo do Capitão América.
A associação com foi feita pelos próprios eleitores do candidato, que passaram a usar o super-herói como símbolo informal da campanha. Nos comícios e caminhadas, é comum ver eleitores usando camisas a até réplicas do escudo do Capitão América.
Os bonecos Robertinhos e de camisas do Capitão América foram adotadas pelas campanhas como forma de aproximar os candidatos dos eleitores. Logo, ganharam popularidade e fizeram sucesso sobretudo entre as crianças.
FLAGRANTES
A decisão da Justiça Eleitoral de vetar os símbolos dos personagens que remetem aos candidatos foi tomada após flagrantes registrados durante a votação do primeiro turno.
Uma policial militar chegou a ser detida ao tentar votar com uma camiseta do Capitão América. Também houve registro de eleitoras que tiveram que tirar a blusa que remetia ao candidato e votar usando apenas o sutiã.
Diante do imbróglio, juízes eleitorais solicitaram que tropas federais acompanhem a votação no segundo turno, alegando casos de excessos e omissões de policiais militares que em sua maioria apoiam Wagner.
Desde a sexta-feira (1º), uma liminar obtida pela chapa do prefeito Roberto Cláudio já proibia o uso das camisas com alusão ao super-herói.
Em vídeo publicado nas redes sociais na internet, Wagner considerou a decisão uma ‘arbitrariedade’ e disse que seus eleitores foram coagidos por usarem roupas com as cores da sua campanha.
A legislação eleitoral diz que o eleitor pode ‘realizar sua manifestação individual e silenciosa através, exclusivamente, dos seguintes meios de exposição: bandeira, broches, dísticos e adesivos’. Neste caso, são proibidas roupas com propaganda do candidato ou com símbolo que faça alusão a ele.
BUSCA POR APOIOS
Enquanto bonecos e símbolos super-heróis foram barrados para o dia da votação, Roberto Cláudio e Capitão Wagner iniciaram por apoios de partidos e candidatos derrotados no primeiro turno.
O prefeito apadrinhado dos ex-governadores Cid e Ciro Comes recebeu nesta quarta-feira (5) o apoio do deputado estadual Tin Gomes (PHS), que terminou a disputa em sétimo lugar.
Ele também será apoiado pela Rede Sustentabilidade, que no primeiro turno ficou com Heitor Férrer (PSB).
Agora, Roberto Cláudio busca o apoio do PT da deputada Luiziane Lins, que terminou a disputa em terceiro com 15% dos votos.
(FOLHAPRESS)