O juiz Fernando Oliveira Samuel, da 2ª Vara Criminal de Formosa, determinou a penhora online (apreensão eletrônica na conta do devedor) de bens creditados em contas bancárias de nove membros da Diocese e paróquias da cidade de Formosa, investigados na Operação Caifás. O limite do bloqueio é de R$ 1 milhão de reais em cada conta. Foi determinado também a quebra de sigilo bancário e sequestro de bens e imóveis.
A decisão cautelar foi em atendimento a um pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Os investigados são o bispo de Formosa José Ronaldo Ribeiro, o vigário-geral Epitácio Cardozo Pereira, o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau, Guilherme Frederico Magalhães, Moacyr Santana, Mário Vieira de Brito, Antônio Rubens Ferreira, Pedro Henrique Costa Augusto e Waldson José de Melo.
No documento, o juiz justifica o bloqueio de bens devido aos indícios do crime e a futura perda dos bens adquiridos ilegalmente, caso haja condenação. “Portanto, havendo indícios de que os citados representados praticaram os crimes de associação criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica, forçoso o deferimento do pedido do Ministério Público, mesmo porque, caso haja condenação, um dos efeitos será a reparação de danos e a perda de bens adquiridos ilegalmente”, afirmou o juiz.
De acordo com as investigações da operação deflagrada em 19 de março deste ano, o bispo José Ronaldo e os oito padres teriam desviado dinheiro de dízimos e ofertas dos fiéis para proveito pessoal. O Ministério Público estima que foram desviados até R$ 2 milhões de reais, e suspeita-se que o esquema funcionava desde 2015. As investigações tiveram início com denúncias feitas pelos próprios membros da Igreja Católica.
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