Vista noturna do pavilhão 5 do Carandiru, presídio em que 111 presos foram mortos por policiais em 1992 / Foto: João Wainer
A Justiça de São Paulo decidiu, por quatro votos a um, que os policiais militares envolvidos no chamado massacre do Carandiru terão um novo julgamento.
O massacre do Carandiru aconteceu em 1992, quando 111 presidiários foram assassinados em uma ação da Polícia Militar para conter um motim na antiga Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte da cidade.
A decisão foi dada nesta terça-feira (11) após o Tribunal de Justiça de São Paulo julgar os embargos infringentes -tipo de recurso previsto para quando não há decisão unânime.
Em setembro do ano passado, os três desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ -Ivan Sartori, Camilo Léllis e Edison Brandão- foram unânimes em determinar a anulação de todos os cinco julgamentos dos 74 policiais militares envolvidos no massacre.
Camilo Léllis e Edison Brandão votaram por um novo julgamento. Já o ex-presidente do TJ Ivan Sartori queria a absolvição de todos os 74 réus por entender que se três policiais foram absolvidos durante o julgamento, seria justo não condenar ninguém porque todos atuaram em circunstâncias idênticas.
A sessão desta terça (11) foi marcada para julgar os pedidos da defesa dos PMs para que o voto do desembargador Ivan Sartori prevalecesse sobre o dos demais magistrados. (Folhapress)
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