O copiloto do Airbus A320 da companhia aérea Germanwings, suspeito de ter feito o avião despencar nas montanhas na França, recebeu tratamento por tendências suicidas no passado, mas não recentemente, informou hoje (30) a Justiça alemã.
“Andreas Lubitz esteve em tratamento psicoterapêutico por tendências suicidas há vários anos, antes de ter obtido a licença de piloto“, informou o procurador de Düsseldorf, Ralf Herrenruck.
Depois disso, e “até recentemente“, Lubitz passou por “outras consultas médicas que resultaram em afastamento por doença, mas sem terem sido atestadas tendências suicidas ou de agressividade para com terceiros“, acrescentou o procurador em uma breve declaração escrita, sem dizer o motivo dessas consultas e licenças médicas.
O Ministério Público de Düsseldorf sublinhou não ter sido encontrada qualquer carta anunciando planos de fazer despencar um avião ou reivindicando o acidente, ocorrido em 24 de março.
Nada “no ambiente familiar, pessoal ou no local de trabalho” permitiu, até aqui, reunir informações sobre eventuais motivações, acrescentou.
Andreas Lubitz é suspeito de ter deliberadamente causado a queda do avião da transportadora alemã de baixo custo Germanwings, matando 150 pessoas.
Na sexta-feira (27), o Ministério Público de Düsseldorf, onde Lubitz vivia, anunciou que o copiloto devia estar de licença médica no dia do acidente. Os investigadores encontraram atestados de incapacidade para o trabalho rasgados.
O jornal alemão Bild am Sonntag afirmou que os investigadores encontraram, no apartamento de Lubitz receitas de medicamentos, habitualmente prescritos a doentes maníaco-depressivos e grandes quantidades de soporíferos (remédios para dormir, como calmantes).
Com informações da Agência Brasil