O governo vai criar na tarde desta quarta-feira (30) um canal para que cidadãos denunciem atos de violência relacionados às manifestações dos caminhoneiros.
A medida foi anunciada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em entrevista coletiva realizada após reunião de monitoramento do controle, que acompanha a situação das rodovias devido à paralisação dos caminhoneiros, que se estende pelo décimo dia.
“Por isso nos pedimos a todos aqueles que tenham um vídeo, uma foto, que possa dizer quem são, o que fizeram e onde fizeram, que mande para nós. Nós nas próximas horas, ainda hoje, estaremos criando um canal, uma central para exatamente atender essas denúncias de violência e para aqueles que queiram nos mandar os registros”, afirmou.
Durante o anúncio, Jungmann e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, afirmaram que as manifestações registradas nesta quarta não são mais de autoria dos caminhoneiros, mas de oportunistas que se aproveitaram dos protestos para promover atos de violência.
Os auxiliares do presidente Michel Temer reprimiram os atos e disseram que o estado vai agir para reprimir as ações, classificadas de criminosas.
Jungmann disse ainda que o canal que será criado poderá ser utilizado por caminhoneiros que estejam sendo impedidos de voltar ao trabalho. “Nós repassaremos para as policias e Forças Armadas para que elas possam, na medida do possível, se deslocar e acabar com esse constrangimento.”
O ministro disse ainda que o estado brasileiro dispõe atualmente de cerca de 30 mil homens nas ruas para atuar na normalização das atividades. Esse montante é um somatório de 10 mil policiais rodoviários federais, mil da Força Nacional e 20 mil das Forças Armadas.
O governo deve editar ainda nesta quarta, segundo Jungmann, uma medida provisória que autoriza que o estado compre folga de policiais rodoviários federais para que eles elevem a jornada de trabalho. De acordo com o ministro, isso garantirá um equivalente ao reforço de 2 mil policiais nas ruas. (Folhapress)
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