O Brasil conquistou a medalha de prata por equipes mistas, neste domingo (3), e somou cinco pódios no Campeonato Mundial, realizado em Budapeste, na Hungria.
Os brasileiros derrotaram Polônia, Canadá (por 5 a 1) e Rússia (4 a 2) nas preliminares. Só pararam contra a forte seleção do Japão (6 a 0), que continha seus principais atletas -quatro deles medalhistas de ouro ou prata no individual desta edição.
O primeiro duelo contra os japoneses se deu entre duas gigantes. Rafaela Silva, campeã olímpica, confrontou Tsukasa Yoshida, vice-campeã mundial.
Marcelo Contini, Maria Portela, Victor Penalber, Maria Suelen Altheman e Rafael Silva disputaram com Soichi Hashimoto, Chizuru Arai, Kenta Nagasawa, Sarah Asahina e Takeshi Ojitani, respectivamente.
Foi a melhor participação em mundiais fora de casa -um ouro, duas pratas e dois bronzes. Testada pela primeira vez pela Federação Internacional de Judô, a modalidade estreiará nos Jogos Olímpicos em 2020. Antes, as provas por equipes eram separadas por gênero.
Nesta modalidade, cada duelo entre países tem seis lutas. Vence o confronto quem tiver o maior número de vitórias individuais. O principal critério de desempate é a quantidade de vitórias por ippon e, em seguida, a quantidade de vitórias por waza-ari. Permanecendo empatado, uma categoria de peso é sorteada para fazer a luta final de desempate no formato de golden score -vence o atleta que obtiver a primeira vantagem, mesmo que apenas uma punição.
MODALIDADE INDIVIDUAL
No modelo tradicional do Mundial de Judô, o Brasil encerrou com quatro medalhas. A primeira brasileira a subir ao pódio foi Érika Miranda, com o bronze na categoria até 52 kg na terça-feira (29).
Na sexta (1º), Mayra Aguiar se tornou a segunda judoca do país a ser bicampeã do mundo ao derrotar duas japonesas em sequência, na semi e na final, e vencer a categoria até 78 kg.
No dia seguinte, David Moura chegou muito perto do ouro na categoria peso pesado (acima de 100 kg). Fez uma luta empatada contra o astro Teddy Riner por quase seis minutos, mas não conseguiu encerrar a invencibilidade de mais de nove anos do francês.
Rafael Silva também parou em Riner, mais cedo, nas quartas de final, e se recuperou para ganhar o bronze.