A judicialização na saúde deve ser combatida para que o governo consiga cumprir o que o SUS prevê, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
“Gastamos R$ 7 bilhões por ano com a judicialização e isso prejudica o fornecimento de outros serviços no sistema”, afirmou Barros.
O ministro fez a abertura, nesta terça (28), do segundo dia de debates do 4° Fórum Saúde do Brasil, que tem como temas a prevenção e a transparência.
De acordo com Barros, as prioridades da sua gestão são a informatização e a prevenção em saúde.
Uma das ações voltadas para a informatização é a implantação do prontuário eletrônico para todos os brasileiros, mas, segundo ele, o sistema ainda tem vícios e resiste às mudanças.
“O médico não quer ser controlado. Ele não quer que o horário da consulta fique registrado porque não quer cumprir carga horária”, disse.
Barros disse ainda que com a informatização será possível implementar a remuneração por qualidade, o que pode melhorar os resultados de serviços disponíveis no SUS.
Para Barros, a prevenção é uma importante ferramenta que economiza recursos públicos e deve ser feita, por exemplo, com o combate ao tabagismo e o alcoolismo e o incentivo à alimentação saudável e à prática de exercícios físicos.
“É necessário descascar mais e desembalar menos. Consumir mais alimentos saudáveis e menos comida processada”, afirmou. “Precisamos rever a recomendação de ingestão de calorias de acordo com a rotina das pessoas”.
Segundo Barros, o ministério da Saúde terá aplicativos para estimular e acompanhar atividades físicas e engajar a população em práticas saudáveis.
Realizado no auditório do MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, o evento é promovido pela Folha de S.Paulo e patrocinado por FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), Amil e Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde). (Folhapress)
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