De saída para o PP, onde se filia nesta quinta-feira (6), como mostrou o Diário de Goiás, o vice-governador de Goiás, José Eliton, pode perder o cargo que ocupa, se for julgada procedente uma ação movida pelo diretório estadual do Democratas, ex-legenda dele, pela qual foi eleito. De acordo com a ação de perda de cargo público eletivo por desfiliação partidária sem justa causa, a situação dele seria enquadrada como um caso de infidelidade partidária. O documento foi encaminhado ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), João Waldeck Felix, de acordo com reportagem de Rubens Salomão, da Rádio 730.
Eliton, desde que foi eleito, tem se aproximado do governador Marconi Perillo (PSDB) e pretende manter o espaço na chapa majoritária para as eleições do ano que vem. O ponto crucial para a saída do DEM teria sido o apoio dado pelo diretório nacional às pretensões de Ronaldo Caiado, que comanda a sigla em Goiás e articula a formação de uma terceira via, em oposição a Perillo.
Segundo a ação, assinada pelos advogados Fabrício Mendes Medeiros e Carlos Bastide, a saída sem justificativa de Eliton motiva a perda do cargo público de vice-governador. Caberia ao DEM indicar o próximo ocupante do cargo.
Ao Diário de Goiás, o advogado Fabrício Mendes Medeiros, afirmou que a justificativa de José Eliton para sair do partido, baseada em “discordância ideológica”, não tem sustentação, pois trata-se de provável situação de não aliança com o PSDB de Marconi Perillo em uma eleição que só será realizada no ano que vem.