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Categorias: Política
| Em 8 anos atrás

José Eliton manifesta preocupação com projeto que expande área da Chapada dos Veadeiros

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“O assunto merece uma atenção muito maior, com a participação dos moradores”, relata o vice-governador. De acordo com projeto de ampliação da APA, de autoria do Governo Federal e Unesco, área passaria de 65 mil hectares para cerca de 190 mil ha, com a desapropriação de 541 famílias que atualmente moram no Corredor Ecológico Paranã-Pirineus, na região Nordeste do Estado

O vice-governador José Eliton manteve reunião nesta segunda-feira (30/01) com moradores de municípios situados na região do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), ocasião em que afirmou que é preciso ter muita atenção com a possibilidade de expansão da unidade de conservação, também conhecida como Área de Proteção Ambiental (APA). “A discussão nos causa uma grande preocupação quanto ao processo de desenvolvimento regional”, disse José Eliton.

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Acompanhados do presidente regional do Partido Social Liberal (PSL), em Goiás, Benitez Calil, moradores afirmam que antigos residentes foram obrigados a desocupar suas propriedades com a promessa do Governo federal de indenizar as famílias. Maísa Reis, empresária de Alto Paraíso, e que participou da reunião com o vice-governador, afirma que até hoje cerca de 98% dessas famílias seguem sem o recebimento das indenizações, há mais de 50 anos.

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O PNCV, criado em 1961, protege uma área de 65.514 hectares do Cerrado goiano. De acordo com projeto de ampliação da APA, de autoria do Governo Federal e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), essa área passaria para cerca de 190 mil ha, com a desapropriação de 541 famílias que atualmente moram no Corredor Ecológico Paranã-Pirineus, na região Nordeste do Estado.

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Subdesenvolvimento

O vice-governador atenta para o fato de que a região da GO-118 já é fortemente impactada pelo parque, que por força de legislação específica do Ministério do Meio Ambiente, impede a utilização do solo para fins econômicos, exceto algumas atividades extrativistas, com impactos no curto, médio e longo prazos e que podem condenar a região a uma condição de subdesenvolvimento. Por outro lado, reconhece a ampliação da indústria do turismo local, que auxilia como fonte de renda para moradores da região.

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Acompanhada de um morador da região – seu Jair, de mais de 100 anos –, a moradora Maísa Reis saiu da reunião agradecida pela conversa com o vice-governador. “Fomos extremamente bem recebidos e tenho certeza de que ele compreendeu a necessidade de um amplo diálogo com essas pessoas”, afirma. “O assunto merece uma atenção muito maior por parte do Estado, da União e da Unesco, com a participação dos moradores”, relata José Eliton.

“Me posiciono de forma muito crítica em relação a esta questão. O diálogo precisa contemplar não somente fatores de preservação ambiental, mas o olhar sob a ótica da economia local, com a preocupação pertinente àquelas pessoas que estão há anos estabelecidas na região, que não podem ter seus direitos atropelados”, diz o vice-governador José Eliton. “Esta também é nossa preocupação”, afirmam os moradores.

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