O jornal britânico Financial Times publicou uma reportagem nesta segunda-feira (01/03) baseada em uma pesquisa feita de forma conjunta entre a Universidade de Oxford e a Universidade de São Paulo. A pesquisa mostra que a variante que se originou em Manaus e já alcançou outros 25 países é mais perigosa dentre as cepas já identificadas. Além de ter ser duas vezes mais transmissível que outras, ela pode não ser imune às vacinas tradicionais em desenvolvimento.
Desde novembro em circulação, a variante manauara é vista pela pesquisa britânico-brasileira com bastante seriedade. E o Financial Times destaca isso na reportagem. “A preocupação internacional com a variante P.1 aumentou recentemente, com mais de 25 países detectando a variante, incluindo Bélgica, Suécia e Reino Unido, que identificou seis casos.”
O estudo destaca que a variante P.1 é 1,4 a 2,2 vezes mais transmissora que outras mutações já vistas no Brasil. O estudo também constatou que as atuais vacinas podem ser menos eficazes quando se trata da P.1, mas há necessidade de novas pesquisas para uma conclusão eficaz.
Os pesquisadores também descobriram que as infecções eram 10 a 80 por cento mais prováveis de resultar em morte em Manaus após o surgimento de P.1. No entanto, os autores alertaram que não foi possível determinar se isso significava que a variante era mais letal ou se era resultado do aumento da pressão sobre o sistema de saúde da cidade, ou uma combinação de ambos. A variante P.1 tem mais de 17 mutações, que alteram sua sequência genética do coronavírus.