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Jorge Kajuru defende investigação sobre joias milionárias ligadas a Bolsonaro

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) defende a investigação da Polícia Federal (PF), formalizada nesta segunda-feira (6) pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre as joias que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo no início do mês.

“O país merece saber todas as respostas que esse caso tem suscitado. Espero que os policiais responsáveis por investigar o imbróglio tenham o mesmo espírito público mostrado pelos servidores da Receita Federal. E que as respostas, quando vierem, não nos envergonhe, pois, a princípio, eu estou envergonhado”, afirma Kajuru.

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Entenda o Caso

De acordo com os dados da reportagem do Estadão, o conjunto de peças no valor de R$16,5 milhões foi um presente do governo da Arábia Saudita à ex – primeira dama Michele Bolsonaro.

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Ocorre que, no dia 26 de outubro de 2021, ao retornar do Oriente Médio com as joias na bagagem, um dos assessores do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi surpreendido com a ação da Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos, que apreendeu a carga milionária.

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Daí por diante, o governo Bolsonaro efetuou oito tentativas para recuperar o presente valioso. Desde o uso do gabinete da Presidência, da intervenção de três ministérios (Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores), dos militares e até o uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

“Essa é uma história incômoda, mas que tem aspectos positivos. Ressalto o trabalho da imprensa num regime democrático. Não fosse ela, não estaríamos sabendo desse aparente conto das Arábias. Destaco novamente a atuação dos servidores da Receita de Guarulhos, que resistiram bravamente ao assédio oficial e não entregaram as joias. Isso indica a importância da estabilidade no setor público”, finaliza Jorge Kajuru.

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Segundo pacote

O Jornal Folha de São Paulo revelou no domingo (5) a existência de um segundo pacote de joias milionárias e também oferecido pelo governo saudita. Os itens não foram interceptados pela Receita Federal, mas serão investigados. Os presentes estavam na bagagem de outro integrante da comitiva e ficaram mais de um ano sob a guarda do ministério de Minas e Energia. As joias chegaram ao Brasil em outubro de 2021 e foram entregues à Presidência no final do ano passado.

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