A seleção brasileira feminina de vôlei vai brigar pela medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta quinta-feira (08), em uma batalha de um verdadeiro clássico do voleibol mundial, o Brasil acabou superado pelos Estados Unidos por 3 sets a 2 (parciais de 23/25, 25/18, 15/25, 25/23, 11/15) na semifinal, realizada na Arena Paris Sul. A seleção lutará pelo bronze no sábado (10), em adversário a ser definido.
O confronto contra as americanas era recheado de rivalidade e equilíbrio. As duas equipes, inclusive, fizeram a última final olímpica, em Tóquio 2020, em que o Brasil acabou com a medalha de prata. Nesta quinta, em grande exibição dos dois times, o confronto foi decidido no tie-break, com vitória das americanas. Agora, as brasileiras esperam a definição da outra semifinal, entre Turquia e Itália, para saber quem vai enfrentar na luta pelo bronze, sábado (10), às 12h15 (horário de Brasília).
O Brasil começou a partida com Roberta, Rosamaria, Thaísa, Carol, Gabi, Ana Cristina e Nyeme (líbero). Nitidamente mais tensa, a seleção foi pressionada logo nos primeiros pontos pela ofensividade americana, sobretudo no saque. As adversárias abriram cinco pontos de vantagem (8 a 3) e Zé Roberto mexeu no time, acionando a inversão do 5 e 1 com Macris e Taiana. Ana Cristina foi para o serviço, forçou e o sistema bloqueio-defesa passou a funcionar. As brasileiras encostaram, empataram (12 a 12) e equilibraram o jogo, que passou a ser lá e cá. O Brasil chegou a virar o placar (19 a 16), mas as americanas deixaram tudo igual novamente e, no detalhe, fecharam o set em 25 a 23.
No segundo set, as brasileiras voltaram agressivas e com maior volume de jogo, apresentado a partir da metade da parcial anterior. Apesar de encontrar do outro lado uma equipe defensivamente forte, o Brasil encontrou caminhos com Ana Cristina, Gabi e Rosamaria para explorar jogadas rápidas e efetivar pontos de ataque que ajudaram o time a ir abrindo vantagem no marcador. Equilibrada em todos os fundamentos, a seleção dominou as ações e venceu a parcial por 25 a 18.
A terceira parcial foi diferente. De início, começou equilibrada, com troca de pontos. Mas uma polêmica de arbitragem em um suposto toque da Gabi na rede desconcentrou a seleção. As americanas se aproveitaram e conseguiram construir uma vantagem considerável. Zé Roberto acionou Julia Bergmann na vaga de Ana Cristina para tentar mudar a dinâmica da partida, mas não funcionou e os Estados Unidos aplicaram 25 a 15 para abrirem 2 sets a 1 na partida.
No quarto set, o Brasil veio para cima novamente. Focadas, as brasileiras encontraram dificuldades com o bom time americano, mas a equipe apresentou uma postura agressiva no saque e no ataque, o que acabou pressionando as adversárias. A seleção conseguiu vantagem de três pontos (14 a 11), as americanas encostaram, mas o time manteve a concentração para fechar a parcial em 25 a 23 e deixar tudo igual em 2 sets a 2.
No set decisivo, as brasileiras mantiveram o ritmo agressivo e elevaram o volume de jogo, com boas defesas e contra-ataques. As americanas também vieram fortes e a partida ficou equilibrada. Entretanto, as adversárias acabaram sendo mais efetivas na reta final e venceram o time-break em 15 a 11 e a partida em 3 sets 2.
(Informações – COB)