O empresário Joseph Jackson, o Joe Jackson, morreu nesta quarta-feira (27).
A informação foi adiantada pelo site TMZ e confirmada pela CNN, que cita uma fonte não identificada na família dele.
Joe, que vivia há décadas em Las Vegas, tinha 89 anos e estava internado em um hospital desde a semana passada, em tratamento de um câncer no pâncreas.
Ele tinha a saúde debilitada desde que sofrera um derrame cerebral, em 2015, e estava afastado de boa parte de seus filhos e da esposa, Katherine.
Joe foi o patriarca da família musical Jackson, responsável por lançar o conjunto The Jackson 5 nos anos 1960.
Joe depois alcançaria ainda mais notoriedade como pai e empresário de Michael Jackson nos primeiros anos da carreira do artista, que viria a ser conhecido pelo epíteto de “rei do pop”.
Joe também gerenciou os primeiros anos da carreira da filha Janet Jackson.
Ex-lutador de boxe e operador de máquinas, chegou a formar uma banda com seu irmão, Luther, nos anos 1950.
O grupo The Falcons durou apenas um ano, mas Joe desenvolveu a ideia de fazer de seus filhos um conjunto musical.
A iniciativa foi extremamente bem-sucedida, com os Jackson 5 tornando-se um fenômeno do pop, com sonoridade alicerçada no melhor do soul, danças afiadas e visual divertido.
No auge de sua popularidade, o grupo vendeu milhões de discos e chegou a ter seu próprio programa de televisão.
O sucesso, contudo, não veio de graça: o patriarca também foi muito criticado em diversas ocasiões por ter sido rigoroso, severo e por vezes violento, tanto verbal quanto fisicamente, com seus filhos.
Michael, que morreu em 2009, aos 50 anos, após uma overdose aparentemente acidental de um remédio anestésico, afirmou durante entrevista à apresentadora Oprah Minfrey que o pai obrigava ele e os irmãos a ensaiarem durante muitas horas seguidas, quase sempre segurando um cinto para punir quem errasse.
Na ocasião, Michael afirmou que tinha tanto medo do pai que às vezes vomitava quando o via.
Em entrevista à CNN, em 2013, Janet Jackson confirmou as acusações do irmão e afirmou ainda que as crianças não eram autorizadas a chamar o pai de “pai”, mas pelo seu nome.
Joe chegou a admitir que usou de castigos físicos para disciplinar os filhos, mas disse que não se arrependia disso.
“Sou grato por ter sido duro, pois olhe só o que consegui: um grupo de crianças que o mundo todo amava.” (Folhapress)
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