João Balestra vislumbra a volta do Ganha Tempo

Em entrevista ao repórter Samuel Straioto, da rádio Vinha FM, o presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), João Balestra, falou sobre as medidas que deverão ser tomadas para que o benefício do ‘Ganha Tempo’ volte a vigorar em Goiânia.

O auxílio, que permitia o uso de um bilhete em três transportes no período de 2h30, foi suspenso nesta sexta-feira, 10, por determinação judicial. A decisão acatou o pedido dos empresários, que alegam prejuízo financeiro pela falta de subsídio do Poder Público para manter o programa.

“Precisamos chegar ao equilíbrio tarifário. O programa é bom, mas precisa ser aperfeiçoado para que os empresários não fiquem com o prejuízo. Vamos resolver essas pendências na Câmara Deliberativa e evitar que as dificuldades se transformem em ações judiciais até encontrarmos a solução”, explicou Balestra.

Para que o ‘Ganha Tempo’ seja retomado, o presidente lembra que os poderes executivos, Estado e Prefeitura, precisam fazer o “dever de casa”.

“Vamos sentar com representantes do Estado e do município para discutirmos medidas que evitem o aumento da passagem. Insistimos nas desonerações dos impostos, como fez o Governo Federal com o PIS Cofins. O governador já encaminhou para a Secretaria da Fazenda o pedido de desoneração de outros impostos, como o IPVA. Estamos aguardando os resultados”, acrescentou.

João Balestra ressalta que o segmento sofreu com dois reajustes nos vencimentos dos servidores e com o aumento do óleo díesel. Para equilibrar as contas, será preciso uma contrapartida do Poder Púbico.

“Vamos realizar audiências para discutirmos a solução. Falta diálogo entre as entidades envolvidas, mas precisamos de quórum. É um momento de pensarmos de forma propositiva para que os usuários não sejam prejudicados”, finalizou.

Os usuários do transporte coletivo reivindicam a volta do benefício nas redes sociais e prometem uma manifestação na tarde de hoje, na Praça Universitária. Vale ressaltar que a questão das passagens foi o estopim, no ano passado, para o início das manifestações que tomaram as ruas do País.

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