Publicidade
Categorias: Empresas e Negócios
| Em 9 anos atrás

Jerivá atrai atenção de pesquisadores do Brasil, África, América Latina e Caribe

Compartilhar

A Fazenda Jerivá, que estruturou e ampliou, ao longo de 40 anos, uma unidade agrícola focada no reaproveitamento de recursos naturais, de forma a manter uma produção integrada e sustentável, despertou o interesse de pesquisadores de vários países. No dia 17 de setembro, mais de 90 estudiosos estrangeiros e brasileiros estarão na fazenda para realizar um estudo de campo.

A visita técnica é organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pertence à Plataforma de Inovação Agropecuária (Agricultural Innovation Marketplace).

Publicidade

Essa iniciativa visa a beneficiar os pequenos produtores, promovendo inovação e investimentos em pesquisa e desenvolvimento agrícola através do intercâmbio de conhecimento entre países da África (27 pesquisadores), América Latina e Caribe (10) e Brasil (35). Dentre os agentes fomentadores dos pesquisadores estão, além da Embrapa, a Bill e Melinda Gates Foundation, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e outras instituições nacionais e internacionais.

Publicidade

O interesse dos pesquisadores é a produção que dispensa o uso de ações danosas ao meio ambiente, como o emprego de agrotóxicos, queimadas e desmatamentos. Outra característica importante é aliar a criação de animais com a produção vegetal e ainda utilizar insumos da propriedade em todo o processo produtivo. Esse modelo de produção integrada e sustentável, que preserva a qualidade do solo e das fontes de água, é o que os integrantes da Plataforma MKT Place da Embrapa buscam estudar para servir de exemplo a pequenos produtores de regiões dos países integrantes.

Publicidade

O proprietário da Fazenda Jerivá, João Benko Neto, espera que os pesquisadores fiquem estimulados a replicar, em outras realidades com cenários semelhantes, as práticas e experiências que serão vistas na fazenda. “Além disso esperamos que essa visita sensibilize os órgãos financiadores e de pesquisa a apostarem e investirem em projetos integrados e sustentáveis”, afirma João Benko.

Produção integrada

Dos 175 hectares da Fazenda Jerivá, 65 (37%) são reservados ao cultivo de safra (principalmente milho para silagem), pecuária leiteira com animais da raça holandesa, engorda de suínos, frango e ovos caipira e produção de hortaliças. A produção integrada é desenvolvida com o mínimo de interferência externa possível e uso de tecnologias simples, buscando a autossuficiência e responsabilidade ecológica. O baixo uso de insumos externos é possível graças à reutilização de compostos orgânicos, que voltam para terra e reduzem a dependência de adubação química.

Publicidade

Além disso, o uso correto de resíduos na agricultura reduz a poluição e gera sustentabilidade no processo produtivo. Dentre os exemplos das práticas utilizadas na fazenda estão o soro de leite, resultado do processamento de laticínios, que é reutilizado na alimentação de suínos; as palhas e sabugos de milho, advindos da pamonharia, que servem para o consumo dos bovinos; os bagaços das laranjas utilizadas para fazer suco que vão para a compostagem para produção de milho; a cama de vaca e frango que são usadas para adubação na produção de milho, após a compostagem.

Como parte das verduras usadas nos restaurantes são cultivadas na fazenda, para adubação também é utilizada compostagem feita com outros subprodutos da fazenda e da indústria. A produção de hortaliças é feita sem agrotóxicos e com irrigação direto de uma mina d’água que nasce na própria unidade agrícola.

A Fazenda Jerivá é guiada pela missão de ser ecologicamente correta, socialmente responsável e economicamente viável. Para tanto, o proprietário da fazenda, João Benko Neto, explica que encontrar a sustentabilidade financeira e ecológica é o grande desafio das pequenas produções. “É esse tipo de desafio que molda a nossa atuação. Buscamos suprir a produção agrícola e o manejo pecuário com práticas que aliem produtividade e redução de preço. Além disso, a nossa maior preocupação é de que a produção integrada de leite, suínos, ovos, frango e hortaliças – que é base da nossa atividade industrial – leve ao consumidor, por meio das cinco lojas Jerivá, produtos finais com alta qualidade e segurança”, afirma.

Somente na Fazenda Jerivá são gerados 20 empregos diretos, de um total de 350 no grupo todo (fazenda, indústria e lojas). A produção diária dá conta de 3,5 mil litros de leite e 200 dúzias de ovos caipiras. Mensalmente são produzidos 200 cabeças de suínos, 3 mil frangos caipira e mil quilos de hortaliças sem agrotóxicos. O Grupo Jerivá administra, atualmente, além da agroindústria, cinco lojas com restaurante, lanchonete e empório, onde são comercializados os produtos de fabricação própria. São duas unidades na BR-060 em Abadiânia, onde também está localizada a sede da agroindústria; uma no Outlet Premium, em Alexânia, e duas em Goiânia (Shopping Flamboyant e Passeio das Águas Shopping). (Com informações da Assessoria de Imprensa da Jerivá)

Publicidade
Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .