MAELI PRADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Representantes da JBS, incluindo Wesley Batista Filho, presidente das operações da JBS na América do Sul e filho de Wesley Batista, apresentaram o plano de recuperação da empresa nesta sexta-feira (9) no Ministério da Fazenda, onde foram recebidos pelo secretário executivo da pasta, Eduardo Guardia.
A empresa pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista, presos em São Paulo desde o ano passado pela suspeita de uso de informação privilegiada (no caso a própria delação premiada contra o governo Temer) para obter lucros indevidos no mercado financeiro.
De acordo com Guardia, a empresa pediu a reunião para apresentar ao governo sua situação financeira, e foi recebida como outros grupos e associações privadas.
A JBS, que além de Batista Filho foi representada por Gilberto Tomazoni, seu presidente de operações globais, não fez nenhum pedido, garantiu o secretário.
“Não tenho constrangimento de receber empresários que querem vir aqui falar da economia, do país, como recebo vários outros empresários, segmentos, setores, associações de empresários. Minha agenda é pública”, disse Guardia.
Segundo ele, a empresa veio mostrar o que vem fazendo em termos de gestão financeira e “aprimoramento de governança corporativa”.
“Foi uma reunião agendada comigo, o Gilberto Tomazoni queria se apresentar e mostrar o que empresa vinha fazendo no período recente. Não teve nenhum pedido, nenhuma discussão de temas tributários, nada disso.” não tratamos de nenhum outro tema
Guardia frisou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que presidiu o conselho de administração da holding que controla a JBS entre 2012 e 2016, não participou do encontro.
“O ministro da Fazenda não tem nada a ver com essa conversa”, disse Guardia.
Meirelles, que momentos antes da entrevista de Guardia saiu do ministério para um encontro com o presidente Michel Temer, se esquivou do tema.
“Não sei qual o tema da reunião, pergunte a ele [Guardia]. Eu tenho certeza de que o secretário vai deixar tudo claro. Também não participei da marcação da reunião”, disse o ministro.