Durante o processo eleitoral, a coligação de Iris Rezende (PMDB) fez críticas relativas a aliança entre Vanderlan Cardoso (PSB) e Marconi Perillo (PSDB). O pessebista foi classificado como o candidato do governador, se aproveitando de um desgaste que o “Tucano” tem na capital. O presidente da Agetop, Jayme Rincón, disse que a campanha de Vanderlan ficou apenas com o ônus e não ficou com o bônus da aliança.
“Na minha avaliação pessoal nós cometemos um erro porque nós ficamos com o ônus de um eventual desgaste do governador Marconi Perillo e não ficamos com o bônus que seria o apoio do governo e do governador a próxima administração. Acho que neste ponto nosso marketing não agiu como deveria e ficamos tentando justificar este apoio”, afirmou.
Jayme Rincón disse que a aliança com o governador é positiva. Ele critica Iris Rezende pelo fato de não querer parceria com o governador. O presidente da Agetop destacou que os problemas vividos por Goiânia são frutos das gestões do peemedebista.
“O apoio é fundamental, o governador é municipalista, ele participou ativamente da administração de Aparecida e Anápolis, com prefeitos de oposição. É um equívoco muito grande de Iris Rezende em descartar o apoio do governo estadual, mas quem conhece o Iris sabe que as coisas que ele fala, normalmente não põe em prática, não tenho dúvida que logo estará procurando o governo estadual para resolver os problemas de Goiânia que são originários das administrações de Iris, que foram sempre equivocadas”, destacou.
Jayme Rincón ainda disse que para que o governador Marconi Perillo participasse ativamente da campanha de Vanderlan Cardoso, deveria ter sido solicitado.
“Essas coisas você não impõe, ele teria que ser solicitado. Essa solicitação não houve, eu acho que aí a gente tem que ter um cuidado muito grande, até porque amanhã ou depois eventualmente se acontecesse uma derrota poderia cair no colo do governador, porque ele teria aparecido e apresentado sua imagem para a campanha. Ele teria que ser solicitado. O governador mesmo dizendo que não participaria de campanhas este ano, envolvido com a crise que o país vive, estamos solucionando os problemas, se tivesse sido solicitado teria participado mais ativamente”, afirmou.
O presidente da Agetop destacou que deveria ter sido explorado a quantidade de obras realizadas pelo governo do Estado. “Fizemos o Hugol, as saídas duplicadas das rodovias em Goiânia, construímos o Centro de Excelência do Esporte, o novo Estádio Olímpico, o Credeq na região metropolitana, fizemos quatro viadutos, com toda a indisposição da prefeitura, fizemos muito por Goiânia, sem o apoio”, explicou.
Em relação a administração do prefeito Paulo Garcia, Jayme Rincón ressaltou que o petista demorou muito vir a público dizer a real situação da Prefeitura de Goiânia. O “tucano” destacou que Paulo não foi mal prefeito, mas sairá com avaliação muito negativa.
“Eu acho que o prefeito Paulo Garcia está fazendo a declaração com seis anos de atraso. Ele deveria ter dito quando assumiu a prefeitura. Nós todos sabíamos e ele havia me confidenciado pessoalmente que recebeu a prefeitura em situação de absoluta calamidade, depois de uma equipe fora do padrão que Goiânia merece. O Paulo não foi mal prefeito, seguiu no início uma orientação ruim, mas sai com uma avaliação muito ruim”, destacou