O empresário Genesmar Martins de Oliveira foi preso por suspeita de envolvimento na morte de Flávio Pereira Rosa, com quem havia feito parceria para um negócio ilegal. Segundo as investigações, o empresário teria entregue dinheiro e um veículo para a vítima, para que ele buscasse cigarros no Paraguai. No entanto, o homem foi executado após um desentendimento entre eles.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (27), o delegado adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Thiago Martiniano, revelou que Genesmar tenha uma vida financeira confortável. Ele é dono de duas lojas na Região da 44 e de uma lavanderia.
De acordo com a explicação do delegado, Flávio sabia das condições de Genesmar e, por isso, teria informado sobre o canal no Paraguai para buscar cigarros contrabandeados. “O Genesmar se interessou, ofereceu o dinheiro e o veículo”, disse Thiago Martiniano. “Três viagens deram certo, mas na última o carro foi apreendido, o que gerou o crime”.
De acordo com a polícia, o empresário foi até a casa de Flávio, no Residencial Junqueira, em Goiânia, acompanhado de dois funcionários, entre eles, Fábio Lopes Vieira, que também foi preso. O objetivo da visita era tirar satisfações, já que o empresário não acreditou no suposto recolhimento do veículo, e após uma discussão, a vítima foi atingida com cinco tiros.
As investigações apontam que o veículo foi realmente apreendido em Jataí. De acordo com Thiago Martiniano, Flávio não teve tempo para comprovar sua versão. “Foi muito rápido. Genesmar estava bebendo antes do crime e a gente acredita que ele já estava alterado”, disse.
Fábio, funcionário de Genesmar, que acompanhava o empresário no momento do crime, seria uma espécie de faz-tudo. “O Fávio age como o bate-pau do Genesmar. Genesmar pediu que fosse junto para dar essa pressão na vítima e estava no local no momento dos disparos”, informou o delegado.
Após o crime, Genesmar fugiu para Curitiba, no Paraná, onde foi preso no último dia 13. No mesmo dia, Fábio foi preso em Goiânia. O terceiro suspeito já foi identificado, mas ainda está foragido.
Os envolvidos responderão por homicídio qualificado, por motivo fútil e sem chances de defesa da vítima. Até então, os suspeitos não tinham passagem pela polícia.