A estabilidade do relacionamento entre os deputados Jardel Sebba e Helder Valin, ambos do PSDB, apresenta sinais de rompimento. Um clima de desconfiança, que paira nos gabinetes da Assembleia Legislativa, coloca em questão o acordo pré-estabelecido de revezamento entre os tucanos na presidência da Casa. O jogo agora é de articulação velada das duas partes, de maneira independente, para garantir o próximo mandato.

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A primeira evidência de mudança no cenário foi sutilmente lançada pelo próprio Valin. No início da semana disse ao colunista José Cácio, do jornal A Redação, que esta eleição será a última dentro do esquema de dobradinha entre ele e Jardel, que vigora desde 2008. Um anúncio antecipado que parece ter endereço certo: o próprio presidente.

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Nos bastidores, conversas dão conta de que o deputado Misael Oliveira (PDT) teria iniciado as articulações em prol do Valin. O objetivo era antecipar as eleições da mesa diretora realizando-as antes das próprias eleições municipais. Caso o intento fosse conquistado, Jardel ficaria impossibilitado de participar do pleito interno, já que é candidato à prefeitura de Catalão. O presidente vetou a possibilidade.

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Na teoria, a eleição do líder do governo à presidência é certa. Na prática, Jardel mantém acessa a possibilidade de continuar no comando, caso não saia vitorioso da disputa municipal. As conversas de Misael e Valin com os deputados tiveram resultados. Eles aprovaram uma mudança do regimento interno antecipando a disputa na Casa da segunda quinzena de dezembro para o dia 10 de outubro. Se derrotado, Jardel Sebba terá apenas três dias para articular sua reeleição na Alego. Uma situação desconfortável para o tucano.

A composição da mesa diretora pode ser o próximo conflito na situação estadual. Em tempos de crise na gestão do governador Marconi Perillo, os deputados e secretários buscam estabilidade para seus projetos pessoais, independente do Chefe do Executivo. Agora é cada um por si e Deus por todos.

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