O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, parabenizou sua sucessora, a subprocuradora-geral Raquel Dodge, que assumirá a PGR (Procuradoria-Geral da República) em 18 de setembro, e disse que fará uma transição “clara e objetiva”.
Janot e Dodge participam nesta terça (25) de sessão do Conselho Nacional do Ministério Público Federal (CSMPF) que vai votar a proposta orçamentária para a instituição em 2018.
“Gostaria de parabenizar a colega Raquel Dodge pela indicação ao cargo de procuradora-geral da República. Será a primeira mulher a comandar o Ministério Público. Temos as melhores expectativas, conhecemos o trabalho e desejamos todo o sucesso. Quero reafirmar que a Procuradoria-Geral da República se põe à disposição para uma transição clara, objetiva e que permita a continuidade dos trabalhos”, afirmou Janot ao abrir a sessão.
Após a fala, os membros do conselho aprovaram a prorrogação da força-tarefa que atua no Rio em casos relacionados à Lava Jato por mais seis meses.
Em seguida, os conselheiros passaram a discutir a proposta orçamentária elaborada pela equipe de Janot. Sobre esse tema, Dodge enviou 40 questões a Janot na semana passada -numa ação vista como a primeira dela rumo à transição na cúpula do MPF.
A proposta de orçamento para o MPF no próximo ano prevê um total de R$ 3,84 bilhões, dos quais R$ 3,25 bilhões são com gastos obrigatórios (salários e benefícios, principalmente).
A discussão principal é sobre reajuste de salários de procuradores em 2018. A proposta de Janot não prevê reajuste, pois não haveria recursos disponíveis em razão da limitação imposta pela PEC 95, aprovada no ano passado e que impôs um teto de gastos para o serviço público.
No ofício a Janot, Dodge perguntou por que não havia previsão de reajuste salarial de membros da carreira em 2018. (Folhapress)