A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, conseguiu uma credencial para participar da abertura das Olimpíadas de Paris. Janja vai representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Segundo a colunista, ao informar que emitiria o documento, o Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que estava abrindo uma “especial exceção” para o governo brasileiro. O jornal informa que a ausência de uma credencial para Janja desencadeou uma série de movimentações por parte do governo para resolver a questão. Os esforços envolveram vários diplomatas e dirigentes esportivos.
Segundo a jornalista, a obtenção do documento “gerou estresse na diplomacia brasileira que pediu a interferência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)”. Uma carta do presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, ajudou garantir o credenciamento para que Janja seja recebida com todas as honras de representante do país pelos organizadores do evento.
A previsão é de que ela chegue em Paris na quinta-feira (25), um dia antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Integrantes do cerimonial da Presidência da República e quatro seguranças já estariam na França para organizar o acompanhamento da agenda da primeira-dama.
Os impasses com a credencial, relata a colunista, começaram após o Brasil não cumprir os prazos sobre a comitiva que representaria o Brasil na Olimpíada. Era esperado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estivesse no evento, mas ele decidiu que seria representado por Janja.
No dia 25, em Paris, Janja deve participar de um jantar do COI oferecido a chefes de Estado. Já no dia 26, ela vai à recepção do presidente da França, Emmanuel Macron, e depois à cerimônia de abertura da Olimpíada. A primeira-dama também deve visitar atletas, assistir competições, entre outros encontros.
O governo de Macron, de sua parte, segundo Mônica Bergamo, abriu as portas para Janja, o que ajudou a sinalizar aos organizadores internacionais que ela seria bem-vinda.
“Janja pode fazer tudo”, disse a primeira-dama da França, Brigitte Macron, à Folha em uma cerimônia para a imprensa nesta semana.