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Categorias: Mundo
| Em 7 anos atrás

Itamaraty confirma que chavismo prendeu brasileiro na Venezuela

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O governo brasileiro recebeu as primeiras informações sobre a localização do catarinense Jonatan Moisés Diniz, preso em 27 de dezembro na Venezuela sob a acusação de pertencer a uma suposta organização criminosa contrária ao governo de Nicolás Maduro.

Integrantes do Itamaraty dizem que, segundo os relatos das autoridades venezuelanas, o brasileiro passa bem e está detido na sede do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência, a polícia política do chavismo), em Caracas.

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O Brasil só foi informado sobre a localização de Diniz nesta sexta-feira (5). Até então, a Venezuela se recusava a fornecer informações sobre o caso e chegou a negar que ele estivesse na sede do Sebin.

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O Ministério das Relações Exteriores contatou a família de Diniz na manhã desta sexta (4) para transmitir as informações a seus parentes.

Autoridades brasileiras enviaram documentos aos diplomatas venezuelanos para solicitar uma visita consular -direito básico de estrangeiros detidos em outros países, segundo tratados internacionais.

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Na quinta-feira (4), o Itamaraty divulgou nota em que afirmava que não havia recebido informações sobre o paradeiro de Diniz e solicitava a Caracas que revelasse sua localização e sua situação jurídica.

“Até o momento, as autoridades policiais não responderam, apesar dos reiterados pedidos brasileiros, formalizados por notas diplomáticas. A embaixada venezuelana tampouco prestou qualquer esclarecimento”, dizia o texto do Ministério das Relações Exteriores.

Detenção

A prisão de Diniz foi anunciada em 27 de dezembro pelo número dois do chavismo, Diosdado Cabello. O catarinense foi capturado com três venezuelanos no Estado de Vargas, a norte de Caracas. Desde então, o regime não havia feito novos comentários sobre o caso.

Diniz morava em Los Angeles e chegara à Venezuela 20 dias antes de sua detenção. No mesmo período, pediu doações a seus seguidores nas redes sociais para comprar comida e brinquedos para crianças e moradores de rua.

As ofertas eram pedidas também em nome de uma organização chamada Time to Change the Earth, cuja única referência existente são páginas em redes sociais criadas em novembro pelo brasileiro.

Para Cabello, a suposta ONG procurava obter “financiamento” e “procurar detectar objetivos estratégicos”. Também o acusou de trabalhar para a CIA baseando-se em sua residência nos EUA.

Como prova para incriminá-lo, apresentou bonés da suposta entidade e postagens a favor dos protestos contra Maduro, a maioria delas publicada entre maio e agosto, no auge das manifestações.

Na mesma época, Diniz morava em Caracas. Pela lei, estrangeiros podem ser expulsos se violarem a segurança da população, a ordem pública ou cometerem em delitos contra os direitos humanos.

A Constituição determina que eles não têm direitos políticos, o que poderia ser estendido também a protestos. (Folhapress)

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