Na Faixa de Gaza, território palestino a manhã desta segunda-feira (9), foi marcada por destruição. Em terceiro dia de confronto Israel-Hamas, o número de mortos está estimado em ao menos 1.200, sendo pelo menos 700 em Israel e outras mais de 400 na própria Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Porém, segundo agências de notícias a tendência é de que o número cresça nas próximas horas.
Segundo o G1, um porta-voz das forças militares israelenses anunciou que as tropas seguem em combate neste momento em outros sete ou oito pontos da Faixa de Gaza. No total, quatro divisões de combate foram instaladas na região. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está entrando em uma guerra longa e difícil.
Durante a noite Israel lançou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra Gaza, com ao menos um deles atingindo um campo de refugiados no norte do enclave. O número de mortos no bombardeio é incerto. Segundo o jornal The Washington Post, as forças israelenses planejam ataque terrestre em massa na Faixa de Gaza nas próximas 48 horas.
No último domingo (8), o Brasil convocou os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas para uma reunião emergencial sobre os acontecimentos do conflito israelo-palestino. Na ocasião, o governo brasileiro reiterou o seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
O governo também planeja a repatriação de nacionais que se encontram na região. Ainda sem previsão de quando ocorrerá o primeiro voo de repatriação, a recomendação é para que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais disponíveis, do aeroporto de Ben-Gurion, que continua a operar.
Para os brasileiros na Palestina, o Governo (que montou no Itamaraty estrutura para o acompanhamento da situação dos brasileiros na região), busca viabilizar as condições necessárias que permitam a implementação de plano de evacuação dos nacionais que queiram deixar a Faixa de Gaza ou a Cisjordânia.