“Eu vou recorrer à justiça, porque com honra não se brinca”, vociferou Iris Rezende (MDB) sobre os quatro pedidos de indiciamento do prefeito, no relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, por improbidade administrativa.
Em entrevista na manhã desta terça-feira (15) à rádio Bons Ventos, Iris reagiu ao relatório apresentado na tarde de segunda-feira (14) e com votação na CEI marcada para a próxima sexta-feira (18).
Despreocupado
“Você me pergunta: você está preocupado? Não estou, não. Porque acima de CPI, de Câmara, de Assembleia, de Congresso, nós temos o Poder Judiciário para punir as pessoas que abusam do poder”, bradou o prefeito.
Iris também lembrou que o relatório só foi apresentado, mas ainda não foi votado na comissão nem no plenário da Câmara. Portanto, ainda precisa esperar para decidir se será necessário uma ação judicial.
Motivo político
O prefeito alegou que o motivo do pedido de afastamento da secretária é político. “Ela está incomodando muita gente. Tem muita gente com interesses contrariados”, insinuou. “Não são capazes de apontar nenhum ato que signifique aproveitamento e corrupção por parte da secretária”, criticou, se referindo aos vereadores.
“O grande equívoco da Câmara Municipal na atual legislatura foi a criação dessa CPI [CEI]. O que essa mulher tinha feito se não corrigir os erros até ali?”, indagou o prefeito.
Bom trabalho
O prefeito reiterou ter afirmado à CEI que a secretária estava “fazendo o que ele mandou fazer”. Iris elogiou o trabalho da secretária, que culminou no fim das filas do chequinho e na rescisão de contratos com médicos plantonistas.
Os contratos interrompidos em março de 2017 pagavam um valor fixo pela Prefeitura para um número livre de plantões, desde que fossem até 21 no ano.
Corrigindo e não cometendo
Iris também citou a entrega de um relatório de irregularidades identificadas por Fátima Mrué à Polícia Federal (PF), à Procuradoria Geral da República (PGR) e à Procuradoria Geral do Estado (PGE) no ano passado. Segundo o prefeito, parte das irregularidades denunciadas no relatório da CEI foram tiradas desse relatório enviado à PF e também copiado e encaminhado à CEI da Saúde.
Esse documento, para Iris, é prova de que a secretária estava comprometida em resolver os problemas da pasta, e não acobertá-los. “Eu disse a eles: ‘Ela não está cometendo atos ilícitos, ela está corrigindo’”.
Saúde de primeiro mundo
O prefeito fez menção ao progresso histórico da saúde de Goiânia desde sua primeira gestão e chamou os hospitais da capital de coisa de primeiro mundo. “É coisa de primeiro mundo o que se observa hoje em muitas unidades hoje do município”, defendeu Iris Rezende.
Pacientes externos
O prefeito também argumentou que, apesar de Goiânia ter cerca de 1,4 milhão de habitantes, os hospitais da capital estavam atendendo a 4 milhões de pessoas, muitas vindas de outras cidades. Esse número é problemático, explicou ele, principalmente porque os recursos estaduais destinados a saúde são divididos entre os municípios proporcionalmente à população.
Iris Rezende também exlicou que quando o endereço fornecido pelo paciente é na capital, apesar de ele morar em outra cidade, os custos da consulta não é remanejado pelo Ministério da Saúde posteriormente.
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Assista a entrevista completa:
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