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Iris renuncia à pré-candidatura

A renúncia à candidatura ao cargo de governador de Goiás pelo PMDB foi confirmada em carta de Iris Rezende encaminhada ao Diretório Regional do partido, no dia de hoje (29).

O afastamento de Iris abre espaço para a candidatura de Júnior Friboi. O diretório nacional do PMDB teria exigido a renúncia de Júnior Friboi, mas ele não cedeu. Diante da situação, Iris renunciou.

Na carta, Iris relembra sua trajetória política e diz ver a oposição no Estado “fragmentada e também fragilizada”. “Por isso, lancei minha pré-candidatura ao governo de Goiás. Senti que meu nome seria novamente o mais competitivo, com maior capacidade de aglutinar os anseios populares – basta ver a lembrança ao meu nome nas pesquisas eleitorais, mesmo sem que eu me movimentasse como pré-candidato”, argumenta o líder peemedebista, que diz ter atendido, inclusive, “ao apelo do Partido dos Trabalhadores”, ao se lançar pré-candidato, já que líderes petistas afirmaram que só manteriam a aliança com o PMDB em Goiás com ele como candidato.

“Mas nunca pensei que veria o PMDB dividido internamente e lançado ao mercado de especulações pouco republicanas”, dispara o peemedebista, no trecho mais pesado da carta.” Já participei de muitas disputas internas no partido, nacionais e em Goiás, ganhei e perdi, mas sempre foram embates leais, pautados por ideais”, completa.

Iris finaliza o comunicado destacando que não quer ser instrumento de cisão do partido; “É com enorme pesar no coração que retiro minha pré-candidatura às eleições desse ano. Tomo essa decisão em respeito ao meu partido, à minha história e, sobretudo, em respeito ao povo goiano”. 

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LEIA A CARTA DE IRIS ABAIXO.

 


“Carta ao PMDB e ao povo de Goiás

 

Nos meus 56 anos de vida pública lutei e vivi intensamente o sonho de deixar como legado um país melhor para as futuras gerações. E tive a honra de participar da construção do maior partido político do Brasil livre e democrático, após o fim da ditadura militar, o PMDB. 

Acredito até hoje, do fundo de minha alma, que política se faz com ideais, com respeito às pessoas e com verdadeiro amor às causas pelas quais vale a pena lutar. 

Falo de combater a miséria em nosso Estado. Falo de melhorar a vida dos que têm menos e dependem do Poder Público até para conseguir uma casa. Falo de fazer com que essa casa tenha asfalto na porta e que a energia elétrica, a água e a rede de esgoto cheguem a todos. E falo também, com fervor ainda maior, da luta para que não faltem educação e saúde de qualidade para todos. 

Para mim são causas que valem a dedicação de toda uma existência. Esta é minha luta, por onde passei: de líder estudantil à Câmara Municipal e prefeitura de Goiânia, de lá para a Assembleia Legislativa e o governo do Estado, aos ministérios da Agricultura e da Justiça e ao Senado Federal. 

Nesse momento, contudo, vejo Goiás muito fragilizado. Nossa infraestrutura está comprometida. A população está assustada diante dos maiores índices de violência da nossa história. Ninguém sabe quem de fato controla a segurança pública em Goiás. E como se não bastasse, temos serviços públicos cada vez piores, especialmente na educação, saúde e distribuição de energia. 

Por outro lado, vejo a oposição fragmentada e também fragilizada. Por isso, lancei minha pré-candidatura ao governo de Goiás. Senti que meu nome seria novamente o mais competitivo, com maior capacidade de aglutinar os anseios populares – basta ver a lembrança ao meu nome nas pesquisas eleitorais, mesmo sem que eu me movimentasse como pré-candidato – e de outros partidos de oposição numa disputa contra o atual governo estadual. 

Atendi, inclusive, ao apelo do Partido dos Trabalhadores (PT), de que só manteria a aliança com o PMDB em Goiás se eu me dispusesse a ser candidato a governador. 

Mas nunca pensei que veria o PMDB dividido internamente e lançado ao mercado de especulações pouco republicanas. Já participei de muitas disputas internas no partido, nacionais e em Goiás, ganhei e perdi, mas sempre foram embates leais, pautados por ideais. Não quero, contudo, que meu nome seja instrumento de cisão desse partido, que é resultado do sentimento de muitos goianos. 

Desta forma, é com enorme pesar no coração que retiro minha pré-candidatura às eleições desse ano. Tomo essa decisão em respeito ao meu partido, à minha história e, sobretudo, em respeito ao povo goiano. 
 
Sigo sempre em busca do bem maior para o Estado de Goiás e para o Brasil. 

Iris Rezende Machado”

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .

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