Mesmo com uma mobilização de militantes, lideranças do PMDB e de outros partidos, Iris Rezende não mudou sua posição e declarou que não tem a intenção de ser candidato a prefeito de Goiânia. Durante evento realizado no escritório político dele, denominado # Fica Iris, o líder político disse que nunca se acovardou, mas que o momento é de abrir espaço para nomes jovens do partido. Aliados seguem com posição indefinida.

Antes da parte pública do # Fica Iris, numa palco montado no estacionamento do escritório, situado na Avenida T-9, no Setor Marista, alguns líderes do PMDB estiveram reunidos a portas fechadas. Eles perguntaram a Iris se realmente ele manteria posição. Receberam um “não” como resposta.

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Veja o trecho do discurso em que Iris reafirma a posição de que não pretende ser candidato a prefeito de Goiânia

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Enquanto as lideranças dialogavam do lado de fora alguns militantes ainda tinham a expectativa de que ele pudesse mudar de opinião. E de momentos em momentos gritavam: “Iris… Iris”; Mas bastou Iris Rezende discursar que logo a esperança se tornou frustração.

Iris se emocionou em alguns momentos do discurso dele. Ele lembrou da trajetória dele em vários momentos da política. Quanto a decisão atual de não mais se candidatar a cargo público e se retirar da vida política, o ex-prefeito reafirmou que a decisão foi tomada ainda em 2014 quando perdeu as eleições ao governo do Estado para Marconi Perillo (PSDB).

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Iris Rezende fez um apelo para que as pessoas o compreendessem. Ele citou trecho bíblico na segunda carta de Paulo a Timóteo, em que o apóstolo Paulo fazia referência ao seu irmão em Cristo da carreira dele: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”, 2 Timóteo 4:7.

Iris disse que para muitas coisas da vida não se encontram explicação. Ele fez um apelo em que pediu compreensão das pessoas. “Nunca fui de me acovardar”, se fosse necessário que eu aqui me ajoelhasse, eu aqui me ajoelharia; Me compreendam! Afirmou”.

O ex-prefeito de Goiânia lembrou-se de outros momentos em que foi chamado para ser candidato. Ele argumentou que as circunstâncias eram diferentes. Iris destacou que a saída dele dará espaço para a consolidação de outras lideranças.

“A minha paralização vai dar oportunidade para dezenas de jovens realmente se consolidarem como líderes desta cidade, deste estado”, declarou. Iris citou os nomes do presidente estadual do PMDB, Daniel Vilela, do presidente do partido em Goiânia, Bruno Peixoto, do vice- prefeito da capital, Agenor Mariano e do ex-secretário de Trânsito, Andrey Azeredo como nomes que poderão disputar as eleições pelo PMDB.

Novos caminhos

O presidente do PMDB Metropolitano Bruno Peixoto destacou que o partido não apoiará candidato de outra legenda. Ele ressaltou que lideranças do PMDB e aliados estarão em diálogo nos próximos dias. Ali mesmo no escritório de Iris Rezende, alguns seguidores já gritavam o nome dele como nome do partido a disputa.

Já o presidente estadual do PMDB, Daniel Vilela, ressaltou a qualidade de cada um dos nomes citados por Iris Rezende. Ele destacou que não pode ser candidato em Goiânia por questões jurídicas e ainda por outros projetos políticos.

“Tenho feito desde fevereiro um trabalho intenso na formação de candidaturas em todo o Estado, tenho um mandato de deputado federal a ser cumprido e com um compromisso muito forte com muitos municípios do meu Estado, então eu não tenho nenhuma possibilidade de participar dessa disputa até porque haveria questionamentos eleitorais. Existe uma discussão por ser filho de um prefeito da Região Metropolitana e ele não podendo mais disputar a reeleição, eu poderia. Acho que até isso iniciar uma discussão eleitoral, talvez uma impossibilidade jurídica já seria um problema”, argumentou.

Outros partidos

O deputado estadual Major Araújo (PRP) declarou que pelo fato de Iris Rezende não querer participar das eleições, ele mantém a posição de pré-candidato do PRP a prefeito de Goiânia.

“Eu vim aqui porque se o Iris volta, eu saio, eu retiro a candidatura, o meu partido. Agora, sem a presença do Iris, nós vamos tocar. Nós temos um projeto de gestão pronto, temos algumas propostas que já estamos discutindo, algumas entrevistas em rádios locais já foram feitas e nós vamos continuar tocando nossa candidatura”, afirmou.

Já Sílvio Fernandes, presidente do DEM em Goiânia ainda não sabe que caminho o partido tomará. “Realmente, na verdade, foi uma atitude até difícil, do Iris Rezende, de a gente até entender, um homem da estirpe, do naipe dele sair da vida pública. Para nós, Democratas, que tínhamos um acordo desde 2014 para cá, com o PMDB, com o Iris Rezende. A gente não sabe como é que vai caminhar. Então, jogo agora está totalmente aberto, até porque acho que nenhum dos partidos que estavam caminhando juntos, agora a gente vai ter que sentar e fazer uma reflexão do momento”, avaliou.

 

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