O prefeito Iris Rezende vistoriou na tarde de terça-feira, 27, os trabalhos que marcam a retomada da obra do Bus Rapid Transit (BRT) em Goiânia. O corredor exclusivo de transporte coletivo terá 21,8 quilômetros de extensão interligando as regiões Sul e Norte da Capital, atendendo diretamente mais de 100 bairros de Goiânia, beneficiando cerca de 120 mil usuários por dia.
Paralisadas desde junho do ano passado, as obras estão sendo retomadas graças ao esforço concentrado do prefeito Iris Rezende e sua equipe, que não mediram esforços para desembaraçar o imbróglio criado pelos apontamentos feitos pelos órgãos de controle Federal, como TCU e AGU, que obrigaram alterações no projeto original.
Inicialmente orçado em R$ 242 mihões, o projeto previa a construção de dois trechos, intitulados Trecho I e Trecho II. O Trecho II, ligando o terminal Recanto do Bosque, região norte de Goiânia, ao Terminal Isidória, no setor Pedro Ludovico, região sul da capital, financiado com recursos do FGTS e contrapartida da Prefeitura de Goiânia a razão de 27%, foi mantido sem alterações. Já o Trecho I, interligando o Terminal Isidória ao Terminal Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, financiado com recursos do Orçamento Geral da União, foi retirado do projeto e será objeto de nova licitação ainda este ano.
A alteração do projeto original, proposta pelo Ministério Público Federal em Termo de Ajustamento de Conduta assinado no último dia 28 de fevereiro entre a Prefeitura de Goiânia e o Consórcio BRT Goiânia, com interveniênica da Caixa Econômica Federal e apoiada pelo Ministério das Cidades, permitiu a continuidade do trecho II e terá custo ajustado de R$ 206 milhões, dos quais R$ 65 milhões já foram pagos.
A conclusão da obra está prevista para 30 de outubro de 2020. Esse cronograma, no entanto, poderá ser encurtado, mediante acordo entre a Prefeitura de Goiânia e o Consórcio BRT-Goiânia, na hipótese de o Município obter recursos extras que lhe permitam antecipar os aportes de sua contrapartida.
De acordo com o prefeito Iris Rezende, quando assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2017, tinha a consciência de que a obra deveria ser concluída e essa foi sua prioridade. “Quando assumimos a Prefeitura, a obra estava parada havia três meses, porque o município não tinha pagado a sua contrapartida. Pois bem. Fizemos um grande esforço e pagamos essa contrapartida, no valor de pouco mais de R$ 6 milhões. Quando de repente fomos surpreendido por nova paralisação, dessa vez porque o TCU e AGU disseram haver sobrepreços na planilha do consórcio vencedor da licitação”, lembrou o prefeito.
Desde então, a determinação do prefeito Iris Rezende foi para que todos os esforços fossem concentrados para atender as solicitações dos órgãos federais e assim retomar o mais rápido possível as obras do BRT. “Fizemos várias reuniões, chamei o presidente da Caixa, Gilberto Ochi, a superintendente Marisa Fernandes, nos reunimos com o Ministério Público Federal, com o ministro Baldy, fomos a Brasília, fizemos tudo que estava ao nosso alcance para destravar a obra, e aqui estamos dando prosseguimento a esse importante corredor exclusivo, que vai melhorar a vida de muita gente na Capital”, disse Iris Rezende. ‘Agora estou certo de que a obra vai até o final. Com a participação do Governo Federal, da Caixa e da prefeitura dentro de pouco, pela minha vontade e disposição da Caixa, quem sabe no aniversário de Goiânia, estaremos inaugurando o trecho até a Praça do Trabalhador”, completou.
De acordo com o aditivo firmado, o Município de Goiânia e o Consórcio BRT-Goiânia adotarão plano de ataque das obras que contemple a completa conclusão do Subtrecho Norte do trecho II (entre a Avenida Independência e o Terminal Recanto do Bosque), ressalvados a obra de arte do cruzamento com a Av. Perimetral Norte, os terminais e as calçadas, antes de dar início às obras do Subtrecho Sul (entre a Avenida Independência e o Terminal Isidória) e as obras do Trecho 01 (esse último a ser novamente licitado).